Paulo Ferrinho, comentador do Novum Canal, destaca que CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, que decorreu esta terça-feira, na Assembleia da República, expôs ao “ridículo a pequenez da política”.
“É difícil condensar em poucas palavras as longas horas de audição da CEO da TAP que ocorreu, ontem, na AR”, começa por salientar na publicação que partilhou na sua página pessoal, salientando que “Christine estava extremamente preparada, num discurso assente em factos, com prova bastante para suportar a veracidade das suas afirmações”.
“Christine criou desde a sua contratação, em 2021, por estar desconfiada dos políticos do nosso país, uma compilação de informações, salvaguardando a sua segurança profissional e pessoal, nomeadamente, mensagens, email’s, conference calls, agenda, com os respetivos participantes e assuntos discutidos”, prossegue, sustentando que “emergiu do seu PowerPoint as relações amadoras, descuidadas, pouco zelosas e frágeis, da forma como se decide e governa nos gabinetes ministeriais em Portugal”.
Paulo Ferrinho avança que a CEO da Tap expôs “os jogos de bastidores protagonizados pelos apparatichik sanguinários que pululam nos gabinetes dos ministérios”.
“Expôs ao ridículo a pequenez da política, na sua versão de manipulação e untuosidade lambida, quando veio à luz da ribalta a tentativa de alteração de um voo para agradar ao Presidente da República, mesmo contrária e desconhecida por Marcelo Rebelo de Sousa. Dos jogos de bastidores protagonizados pelos apparatichik sanguinários que pululam nos gabinetes dos ministérios no sentido de condicionar o apuramento da verdade dos factos, colocando o interesse pessoal e partidário acima do interesse público”, reforça, esclarecendo que da audição da CEO da TAP sobressai a “inexistência total e inequívoca dos critérios de justa causa ínsitos no Estatuto de Gestor Público aquando despedimento precipitado e atabalhoado da CEO da TAP”.
“Hoje continua a “dança do ventre” com Alexandra Reis. Pelo que temos visto, a tortuosidade e o despudor vai ganhando conforto entre quem nos governa, abrindo caminho a “vozes daninhas” contra a democracia. Confesso que estou preocupado…”, acrescenta.