O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Sintap) e o Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins (Sinafe) convocaram uma greve na Infraestruturas de Portugal para o dia 6 de abril.
O Sintap destaca que “depois da Jornada de Luta dos passados dias 28 de fevereiro e 2 de março, os trabalhadores esperavam que a Infraestruturas de Portugal e os ministros que a tutelam encontrassem algum tempo nas suas agendas para receberem o SINAFE e o SINTAP”.
As estruturas sindicais recordam que “volvido quase um mês e depois de diversas tentativas desencadeadas pelo SINAFE e pelo SINTAP” não obtiveram qualquer resposta e os problemas que afetam os trabalhadores não só se mantêm como se avolumam”.
O Sintap avança, no seu site oficial, que a “greve ocorreu num contexto extremamente desfavorável, mas os trabalhadores disseram presente e verificaram-se fortes constrangimentos rodoviários e ferroviários”.
A estrutura sindical esclarece que o “tempo vai passando e os aumentos atribuídos pela empresa não são bastantes para enfrentar o aumento do custo de vida”.
“Este “aumento por decreto” não cobre metade da inflação verificada o ano passado”, lê-se na na mesma publicação.
O SINAFE e o SINTAP afirmam manter “a porta aberta para a negociação, considerando que ainda existem condições para um aumento salarial digno e que traga mais poder de compra aos trabalhadores”, sustentando que o “silêncio da empresa e da tutela obrigam os trabalhadores a voltar à greve e, assim, no próximo dia 6 de abril, voltarem a parar a IP por 24 horas”.
O SINAFE e o SINTAP afirmam que vão continuar a lutar pelo “aumento dos valores salariais; o aumento do poder de compra; a retoma da negociação coletiva; a não discriminação de trabalhadores e pela contratação de trabalhadores”.
