Depois da exposição de fotografia “As Bravas”, que deu a conhecer as histórias, memórias, saberes e percursos de mulheres que vivem, lutam e resistem nas Montanhas do Marão, a Associação PELE volta a convocar os amarantinos para um novo projeto.
“Não sou como a figueira”, escrita pela encenadora Sara Barros Leitão, parte do património feminino explorado no projeto ENXOVAL (2019-2022), com grupos do Porto e Amarante.
“Durante o tempo de cozedura de uma sopa, encontram-se irmãs, mães, filhas, sobrinhas, tias umas das outras. Entre conversas que são como as cerejas, prepara-se a comunicação de uma decisão inesperada. Naquela cozinha cheia de mulheres tão diferentes, cabem todas as formas de olhar para o mundo”, explica a também atriz Sara Barros Leitão.
Ao longo da dramaturgia, entrelaçam-se histórias, memórias, cantigas e saberes de mulheres que vivem e resistem nas Montanhas do Marão. Ao mesmo tempo, o espetáculo desenrola-se em torno de um património imaterial, símbolo de tradição, questionamento e mudança.
Tal como n´”As Bravas”, esta criação abre-se à participação da comunidade. Os ensaios começam dia 17 de abril, e acontecem às segundas-feiras, entre as 18h00 e as 20h00, na Casa da Juventude de Amarante. Através de dinâmicas teatrais e musicais, o grupo de participantes integrará o espetáculo, a estrear em junho.
A participação é gratuita, mas limitada a 20 pessoas.
“Não sou como a figueira” cruza grupos comunitários de Amarante e do Porto e conta com a parceria do Município de Amarante, no âmbito do Plano Municipal para a Igualdade e Não Discriminação.