Greve dos maquinistas da CP estende-se até dia 17 deste mês
O Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) destaca que a carreira de tração (maquinistas e inspetores de tração) estará novamente em greve na CP entre 9 e 17 de março.
O SMAQ esclarece que a “carreira de Tração cumpriu entre 8 e 21 de fevereiro uma jornada de luta de forma coesa e determinada lutando contra a imposição por parte da tutela e da CP de uma desvalorização salarial efetiva e pela melhoria das suas condições de trabalho e segurança”, salientando que “não tendo havido até ao momento qualquer evolução positiva quanto às reivindicações por parte das tutelas como por parte do Conselho de Administração da CP, a Carreira de Tração voltará à luta. Assim, a direção do SMAQ entregou pré-aviso de Greve para os dias 9 a 17 de março”, refere o sindicato no seu site oficial.
O sindicato esclarece que “entre as 00H00 do dia 11 de março de 2023 e as 24H00 do dia 17 de março de 2023, os trabalhadores com as categorias Maquinista ou Maquinista Técnico encontram-se em greve à prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diários que tenham a duração prevista superior a 07H30”, afirmando que “entre as 00H00 do dia 11 de março de 2023 e as 24H00 do dia 17 de março de 2023, os trabalhadores com as categorias Maquinista ou Maquinista Técnico encontram-se em greve à prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diário que impliquem entradas e/ou saídas na sede entre as 00H30 e as 06H00”.
O mesmo sindicato avança que “entre as 00H00 do dia 14 de março 2023 e as 24H00 do dia 17 de março 2023, os trabalhadores com as categorias Inspetor de Tração ou Inspetor Chefe de Tração encontram-se em greve a todos os períodos normais de trabalho que tenham a duração prevista superior a 6 horas”, sublinhando que as “presentes formas de luta visam a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores representados pelo SMAQ, que integram a CP- Comboios de Portugal”.

Esta estrutura sindical manifesta que este protesto tem como propósitos lutar por “aumentos salariais efetivos e valorização da Carreira da Tração, pela melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais, a melhoria das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor e a humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede”.
Na origem deste protesto está, ainda, a “implementação de um efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes, o reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo”.
“Os maquinistas lutam contra a degradação acentuada e continuada das condições de vida dos trabalhadores, exigem a reposição do poder de compra perdido e o respeito pelas suas condições de segurança e de trabalho”, informa, ainda, a direção do SMAQ.
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