Augusto Pinto Oliveira, tem 50 anos, é natural de Paredes.
A história que hoje conta no Novum Canal remonta a mais ou menos quinze anos atrás.
Augusto Pinto Oliveira sempre foi um saudável e desportista, fez parte da seleção nacional e participou em vários campeonatos do Mundo.
No entanto, com 18 anos, abandonou a competição e entrou num trauma pós-alta competição. Habituado a regra e disciplina, quando se viu fora da competição entrou num vazio emocional. Foi então que começou a consumir substâncias, misturando álcool e ansiolíticos, para tentar obter novas sensações e reviver a adrenalina da “alta competição”.
Estava constantemente “a fugir de mim mesmo” e nem com o nascimento da sua filha, hoje com 18 anos, seguiu outro rumo. Rapidamente as dependências voltaram a triunfar.
Excessos de noitadas e uma vida sem regras levam-no a uma noite onde “Quase a morte lhe bateu à porta”. Um acidente de mota atirou-o para a cama de um hospital, onde ficou um mês em coma. Foi submetido a duas cirurgias, uma craniotomia e uma cranioplastia, durante este processo sofreu três tromboses venosas profundas.
Após vários diagnósticos médicos os médicos informaram a sua família de que a probabilidade de sobreviver era quase nula e se isso acontecesse ficaria dependente de terceiros para toda a vida.
Segundo Augusto Pinto Oliveira saiu do hospital “completamente derrotado”. No entanto, desistir não faz parte do seu vocabulário e ele sempre acreditou que conseguiria recuperar.
Após três anos de fisioterapia fez o seu primeiro quilómetro. A força de vontade era muita e o lema “enquanto eu acreditar eu consigo” fez mais sentido do que nunca.
A vida de Augusto Pinto Oliveira é uma verdadeira maratona, uma história inspiradora e que ele considerou que merecia ser partilhada. É desta forma que concretiza um sonho antigo e escreve o seu primeiro livro “Correr fez-me livre. Dos cuidados intensivos à ultramaratona”.
Esta é uma história real em que um acidente quase fatal lhe mudou a vida. Hoje, considera-se uma pessoa realizada e grato à vida.
