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Ciclo da violência doméstica esteve em análise no programa “É Psicológico” no âmbito do Dia pela Eliminação da Violência contra as Mulheres
Fotografia: DR

“Todos podemos ser vítimas de violência doméstica” diz Marina Ferreira da Silva no “É Psicológico”

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O ciclo da violência doméstica foi o tema que dominou o último “É Psicológico”, programa conduzido por Marina Ferreira Silva, psicóloga Clínica e da Saúde, que procurou assinalar o Dia pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, efeméride que se assinalou no dia 25 de novembro.

Tendo como referência esta data, Marina Ferreira Silva destaca que a “violência doméstica abarca comportamentos utilizados num relacionamento, por uma das partes, sobretudo para controlar a outra. As pessoas envolvidas podem ser casadas ou não, ser do mesmo sexo ou não, viver juntas, separadas ou namorar”, salientando que as vítimas podem ser “ricas ou pobres, de qualquer idade, sexo, religião, cultura, grupo étnico, formação ou estado civil”.

Marina Ferreira Silva avança que “todos podemos ser vítimas de violência doméstica”, salientando que “este fenómeno está mais presente em mulheres”.

De acordo com a Organização das Nações Unidas, “uma mulher ou rapariga é morta a cada 11 minutos. Em 2020 foram assassinadas 81.000 mulheres e meninas em todo o mundo, 47.000 às mãos de companheiros ou familiares”.

Já a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género declara que “até outubro de 2022 foram assassinadas 22 mulheres e meninas portuguesas”.

“Os dados estatísticos indicam-nos ainda que 24% das mulheres entre os 15 e 19 anos já sofreram violência física ou sexual às mãos do parceiro, pelo menos uma vez”, refere a psicóloga Clínica e da Saúde.

“EMPURRÕES, ESTALADAS, MURROS, ESPANCAMENTO, CHANTAGEM, DIFAMAÇÃO MANIPULAÇÃO, INSULTOS e INTIMIDAÇÃO São a dura realidade”, acrescenta esta especialista, sustentando que “muitas mulheres não consideram os maus-tratos a que são sujeitas por parte dos cônjuges ou companheiros como crimes”.

Marina Ferreira Silva adianta, ainda, que o Ciclo da Violência Doméstica, apresenta, regra geral, três fases: “aumento de tensão: as tensões acumuladas no quotidiano, as injúrias e as ameaças tecidas pelo agressor, criam, na vítima, uma sensação de perigo eminente; ataque violento: o agressor maltrata física e psicologicamente a vítima; estes maus-tratos tendem a escalar na sua frequência e intensidade e lua-de-mel: o agressor envolve agora a vítima de carinho e atenções, desculpando-se pelas agressões e prometendo mudar”.

A psicóloga Clínica e da Saúde manifesta que “este ciclo se caracteriza pela sua continuidade no tempo, isto é, pela sua repetição sucessiva ao longo de meses ou anos, podendo ser cada vez menores as fases da tensão e de apaziguamento e cada vez mais intensa a fase do ataque violento”.

“Usualmente este padrão de interação termina onde antes começou. Em situações limite, o culminar destes episódios poderá ser o homicídio”, assevera.

Marina Ferreira Silva afirma que a “violência doméstica não pode ser vista como um destino que devemos aceitar passivamente. O destino sobre a sua própria vida pertence-lhe, devemos ser nós a decidi-lo, sem ter que aceitar resignadamente a violência que não nos realiza enquanto pessoa”.

“Mais que isso, a Violência Doméstica, tem impacto não apenas nas vítimas, mas na sociedade no seu conjunto, é um crime público e uma responsabilidade de todos e todas. Denuncie, por favor!”, acrescenta.


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