Marcelo Rebelo esteve em Amarante na sessão solene das celebrações do centenário de Agustina Bessa-Luís e à margem do evento o Presidente da República falou em descentralização destacando nesse capítulo o papel que poderá ser importante das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).
Segundo o Chefe de Estado “há que não ter medo do papel das CCCDR e da importância de concentrar aí, o mais rápido possível, poderes para haver uma visão mais ampla do que a visão de cada município, ou visão mesmo das comunidades intermunicipais”.
Marcelo Rebelo de Sousa dava, desta forma, uma resposta ao pedido que, momentos antes, o presidente da CCCDR – Norte, António Cunha, tinha feito para que “exerça a sua magistratura de influência na criação de condições políticas de consenso partidário para o avanço da reforma administrativa de um Estado que está fora do seu tempo”.
O Presidente da República referiu que no início da legislatura tinha abordado o assunto da descentralização que estava esquecido: “Há alguns passos que foram dados, mas há passos para dar”.
O Chefe de Estado apontou como prioritário a descentralização no “domínio social”, acrescentando que isso é algo “bom para o país. É um período único para se fazer isto. Há dinheiro europeu. Não voltaremos a ter tantos fundos europeus como agora”.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, perder esta ocasião de “levar a descentralização e o papel das CCDR mais longe” seria perder “um tempo que pode não voltar mais e como é importante para o país e para as realidades das diferentes áreas regionais que se faça, eu espero que se venha a fazer”.