A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) destacam, no seu último relatório que a “epidemia de COVID-19 manteve uma incidência elevada, apresentando uma estabilização”.
A autoridade de saúde nacional destaca que o “número de internamentos por COVID-19 apresenta uma tendência decrescente, enquanto a mortalidade específica apresenta uma possível tendência crescente”.
Esta autoridade declara que o “número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 7 dias, foi de 166 casos, com tendência decrescente a nível nacional”, salientando que a “maioria das regiões de saúde apresenta uma tendência estável, com exceção das regiões do Centro, Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e Alentejo, com tendência decrescente;”.
A DGS avança que o “R(t) apresentou um valor inferior a 1 a nível nacional e nas regiões Centro, LVT e Alentejo, o que indica uma tendência decrescente de novos casos nestas regiões”, salientando que o “número de pessoas com COVID-19 internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente revelou uma tendência decrescente, correspondendo a 12,9% (no período anterior em análise foi de 14,1%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”.

Ainda de acordo com as autoridades de saúde, a “razão entre o número de pessoas internadas e infetadas foi de 0,22, e apresenta uma estabilização”, sublinhando que a “linhagem BA.5 da variante Omicron continua a ser claramente dominante em Portugal, apresentando uma frequência relativa estimada de 91% na semana 34 (22/08/2022 a 28/08/2022)”.
“. Esta linhagem tem revelado uma maior capacidade de transmissão, a qual é potencialmente mediada por mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou pela sua capacidade de evasão à resposta imunitária”, reforça a DGS que afirma que “no que respeita à mortalidade específica por COVID-19 (8,9 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes) admite-se uma tendência crescente”.
“ A mortalidade por todas as causas encontra-se dentro do esperado para a época do ano, o que indica o término do período de excesso de mortalidade que decorreu”, manifesta a autoridade de saúde nacional que adverte que deve ser mantida a “vigilância da situação epidemiológica da COVID-19, recomendando-se a manutenção das medidas de proteção individual, a vacinação de reforço e a comunicação frequente destas medidas à população”.