António Costa apenas divulga segunda-feira medidas de apoio às famílias

Governo cria resposta que procura mitigar aumento dos preços com impacto em contratos públicos

O primeiro-ministro António Costa remeteu para segunda-feira o anúncio das medidas para ajudar as famílias a fazer face ao aumento do custo de custo de vida, afirmando que “a força vem da calma”.

Na conferência de imprensa conjunta com o Presidente da República de Moçambique, com quem esteve reunido no âmbito da V Cimeira Luso-Moçambicana, em Maputo, António Costa foi questionado se poderia adiantar algumas dessas medidas de apoio ao rendimento das famílias face à inflação, que serão aprovadas em Conselho de Ministros extraordinário na segunda-feira.

Na resposta, o primeiro-ministro referiu que “é necessário assegurar que quer as famílias, quer as empresas têm condições de enfrentar esta situação e é nisso que estamos a trabalhar. E segunda-feira é já quase depois de amanhã”.

António Costa alertou que “a inflação é dos fenómenos económicos mas difíceis de enfrentar, gerir e controlar” e apontou que é também imprevisível o fim da guerra na Ucrânia.

“Ninguém sabe quando tempo dura a guerra, só sabemos que todos desejamos que acabe na próxima meia hora, mas não sabemos quando acaba”, ressalvou, fazendo um paralelismo com a pandemia de covid-19.

“A força vem da calma e nós vivemos a nível global uma situação crítica, difícil, para a qual temos de encontrar respostas de solidariedade em termos internacionais, e no caso europeu muitas no âmbito da União Europeia, mas também ao nível de cada estado”.

Questionado também para quando o anúncio do próximo ministro da Saúde, e ainda sobre proposta de retirada dos gabinetes nacionais da Interpol e Europol da alçada da Polícia Judiciária, o primeiro-ministro defendeu que as questões de política interna tratam-se em Portugal e considerou que “não faltarão oportunidades para responder”.