Grupo inorgânico anunciou término da sua atividade. Justifica decisão com a falta de adesão da maioria dos militares da GNR e agentes da PSP às suas iniciativas.
O Movimento Zero, grupo inorgânico constituído por agentes da PSP e militares da GNR, anunciou o seu fim num comunicado tornado público no final da tarde de ontem. Recorde-se que este movimento, que nunca teve líderes conhecidos e pugnava por melhores condições de trabalho para os polícias, justifica o término da sua atividade com a falta de adesão às formas de luta que, ao longo dos últimos três anos, foi propondo.
“Este movimento promoveu a oportunidade a todos de dizerem basta, de se erguerem e de lutarem. A culpa da ausência de mudança é de todos aqueles que esperam que as conquistas sejam alcançadas sentados no conforto do lar, na praia, no café, enquanto fazem mais um remunerado ou apenas arranjam uma desculpa esfarrapada para justificar a sua falta de comparência”, criticam os mentores do Movimento Zero.
Os responsáveis do grupo destacam que os polícias não responderam no número esperado às “greves, manifestações fardados e formas de luta inovadoras promovidas, sobretudo, através das redes sociais”.
No mesmo comunicado sustenta-se ainda que o fim do Movimento Zero é uma “derrota de todos, porque, lamentavelmente, uma grande maioria dos profissionais das forças de segurança continua a demonstrar ser conivente com a forma como é tratada”.