Inquérito refere que “despesa total em Investigação & Desenvolvimento atingiu em 2021 um novo máximo histórico em Portugal de 1,69% do PIB”

Inquérito refere que “despesa total em Investigação & Desenvolvimento atingiu em 2021 um novo máximo histórico em Portugal de 1,69% do PIB”

A despesa total em Investigação & Desenvolvimento (I&D) atingiu em 2021 um “novo máximo histórico em Portugal de 1,69% do PIB, situando-se em 3 565 milhões de euros, o que representa um crescimento de 10% em relação a 2020”.

O gabinete do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior destaca, em nota informativa, que a  “despesa em I&D aumentou em todos os setores de execução. O aumento é particularmente expressivo nas empresas (+14,5%), setor responsável pela execução de 2 111 milhões de euros, o que representa 59% da despesa nacional em I&D e 1% do PIB”.

De acordo com o mesmo ministério, o “setor Ensino Superior também aumentou em cerca de 40 milhões (+ 3,4%), sendo responsável por 34% da despesa, equivalente a 1 205 milhões de euros”, salientando que os “recursos humanos afetos a atividades de I&D em Portugal em 2021 totalizaram 69 628 (ETI*), dos quais 56 202 desempenharam funções de Investigador”,

O Governo reforça que “em comparação com o ano anterior, estes valores traduzem um crescimento de 5% e 6%, respetivamente”, salientando que o “número de investigadores aumentou para 10,9 em cada mil ativos, quando em 2020 se situava em 10,3”.

Ainda de acordo com este ministério a “publicação dos resultados provisórios do Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional de 2021 (IPCTN Resultados Provisórios 2021) revela que a despesa total em Investigação e Desenvolvimento (I&D) em Portugal atingiu um novo máximo histórico de 3 565 milhões de euros em 2021”-

O Governo reforça que este valor representa agora “1,69% do PIB (quando em 2020 se situava em 1,62%), evidenciando o aumento pelo sexto ano consecutivo da despesa em I&D em função do PIB”.

“Em comparação com 2020, a despesa em I&D aumentou em todos os setores de execução. Mas o crescimento é particularmente expressivo no setor das Empresas, que aumentou 14,5% em 2021 (268 milhões de euros). As Instituições Privadas Sem Fins Lucrativos (IPSFL) registaram um aumento de 16 milhões de euros (+24%), o Ensino Superior de 40 milhões (+ 3,4%) e o Estado de 5 milhões de euros (+3,3%)”, lê-se na nota informativa endereçada aos órgãos de comunicação social.

ciencia 1 1024x664 1 | NOVUM CANAL
Fotografia ilustrativa

“As empresas são responsáveis pela execução de 2 111 milhões de euros, o que equivale a 59% da despesa nacional em I&D. O setor Ensino Superior em 2021 respondeu por 34% do total da despesa em I&D, o equivalente 1 205 milhões de euros. Os setores Estado e IPSFL representaram 5% e 2%, respetivamente, do total da despesa nacional”, acrescenta a mesma nota que reforça que o “aumento da despesa em I&D pelas empresas e outras instituições privadas é o reflexo do crescimento do emprego qualificado e do compromisso do setor privado em se sofisticar e acompanhar o desenvolvimento científico e a capacidade tecnológica instalada em Portugal”.

O Ministério Ciência, Tecnologia e Ensino Superior adianta que o “número total de pessoas a exercer atividades de I&D em Portugal passou de 66 044, em 2020, para 69 628 (ETI*), em 2021 (+5%). Desses recursos humanos, 56 202 desempenharam funções de Investigador, um aumento de 6% em relação ao ano anterior. Os investigadores continuam a concentrar-se essencialmente no setor Ensino Superior, 28 864 ETI (51% do total nacional de investigadores), e no setor Empresas, 24.617 ETI (44%)”.

“A proporção de investigadores na população ativa bate novo recorde de 10,9 investigadores por mil ativos em 2021, o que compara com os 10,3 de 2020″, avança o inquérito.

O Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional esclarece que “este retrato das atividades de I&D em Portugal é traçado pelos dados provisórios do Inquérito relativo a 2021, publicado pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC). O IPCTN é uma operação censitária de periodicidade anual, realizada desde 2007 (era bienal desde 1982), que constitui a base de informação estatística oficial sobre recursos humanos e financeiros afetos a atividades de I&D em Portugal”.

“Trata-se de uma operação inscrita no Sistema Estatístico Nacional (S.E.N.), sendo a DGEEC o órgão delegado do Instituto Nacional de Estatística (INE) para a execução da mesma. O IPCTN é um inquérito de âmbito censitário, realizado em conformidade com critérios definidos a nível internacional pelo Eurostat, em articulação com a OCDE, tendo como referência o Manual de Frascati (2015)”, acrescenta a nota à comunicação social que concretiza que os “ dados definitivos serão oportunamente divulgados pela DGEEC após validação final de todos os resultados desta operação estatística”.