A descentralização e a regionalização foram dois dos temas em debate, no ISAG – European Business School, entre a Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos e o Presidente da Câmara Municipal de Braga. Ricardo Rio afirmou que está a ser feita a “discussão de uma descentralização que é quase inócua” e, tal como Luísa Salgueiro, defendeu o reforço das CCDR e das CIM, em alternativa à regionalização.
“Na verdade, aquilo que tem impacto direto na vida das pessoas, nas respostas ao nível da saúde, nas respostas ao nível das políticas sociais, nós fazemos já hoje muito mais do que a maior parte dos organismos do Estado central fazem e nunca se conseguiu passar bem essa imagem. Porque a verdade é que continua a ser conveniente passar aquela ideia de que os autarcas são aqueles jovens que andam a fazer rotundas, a fazer festas e coisas do género, porque é isso que entretém a população”, acrescentou o presidente da Câmara Municipal de Braga.
Já como alternativas ao modelo de regionalização, que não reúne consenso nacional, o autarca de Braga reforçou a necessidade de trabalhar num “próximo modelo” que “passa obviamente capacitar as estruturas que existem e dotá-las dos meios para decidir, para servir melhor a população”. Uma ideia partilhada pela Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, que integrou também o debate no ISAG – European Business School. “Qual é a alternativa que nós temos? É trabalharmos mais com as CCDR, empoderar as CCDR, dar-lhes mais recursos e competências e sustentar e reforçar o modelo das Comunidades Intermunicipais”, afirmou Luísa Salgueiro, que afirmou ainda que “o modelo das CIM pode não ser o melhor, mas também não podemos estar sempre a alterá-lo”.