A Associação Humanitária dos Bombeiros de Paço de Sousa, no concelho de Penafiel, assinalou, esta quarta-feira, o 84.º aniversário com a apresentação de duas novas viaturas: um carro de combate a incêndios florestais e um novo veículo de operações específicas.
O comandante dos Bombeiros de Paço de Sousa, João Pinto, relevou a importância desta efeméride, enfatizando a articulação e que tem existido entre o quadro do corpo ativo e a direção da instituição.

Em dia de aniversário, o responsável pelo corpo ativo dos Bombeiros de Paço de Sousa destacou, ainda, a importância da corporação passar a integrar no seu parque automóvel destes dois novos veículos.
“São mais duas viaturas que vêm reforçar o nosso parque automóvel. A viatura de operações específicas é extremamente útil para a corporação, tendo em conta a área de influência dos Bombeiros de Paço de Sousa. O veículo florestal é, igualmente, um carro fundamental, sobretudo, se tivermos em conta a fase de incêndios florestais que o país está a atravessar”, disse, frisando que a corporação tem, neste momento, três viaturas de combate a incêndios florestais e um veículo todo o terreno para o resgaste.
“Esta é uma fase crítica no que toca a incêndios, os veículos vêm enriquecer o nosso dispositivo, mas temos, também, duas equipas de combate a incêndios e uma Equipa Logística de Apoio ao Combate (ELAC), num total de 12 elementos 24 horas por dias sempre disponíveis para fazer face a qualquer adversidade”, disse, sustentando que a corporação tem uma recruta já a meio da sua formação.

O comandante dos Bombeiros de Paço de Sousa realçou, ainda, que a corporação tem em curso uma obra, um pavilhão que irá funcionar como estrutura para acolher viaturas.
“Estamos a falar de uma ampliação. O parque de viaturas dos Bombeiros de Paço de Sousa está já muito lotado e estamos a ampliar o parque de viaturas para retirar carga do espaço atual de viaturas”, concretizou.
Falando da fase de incêndios, João Pinto admitiu que as dificuldades mais prementes estão relacionadas com as elevadas temperaturas, a orografia e relevo acidentado que caracteriza a área de influência dos Bombeiros de Paço de Sousa.
“Dispomos dos meios, estamos cá para fazer face à adversidades que possam surgir e contamos com o apoio das corporações vizinhas para qualquer eventualidade que venha a ser necessária”, disse, sustentado que a corporação tem 80 elementos.

O responsável pela corporação de Paço de Sousa enalteceu, por outro lado, o espírito de união e trabalho de equipa que existe na corporação.
“Toda a estrutura de comando está unida e coesa e trabalhamos todos para o mesmo fim”, atalhou.
O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paço de Sousa, Arlindo Sousa, enalteceu a longevidade da instituição, os diretores, bombeiros e bombeiras, assim como o comando, e demais comunidade que tem contribuído para fazer da instituição uma referência no concelho.
Arlindo Sousa recordou que a construção do pavilhão para acolher as viaturas é um sonho que vem fazer jus às dificuldades que já começam a ser evidentes em termos de parque automóvel.

“A mão-de-obra está cara, estamos a falar de um investimento de cerca de 200 mil euros. A obra inicia já na próxima semana e gostava que ficasse concluída num curto espaço de tempo. A corporação dispõe, felizmente, de muitos amigos, instituições com quem mantemos uma relação e que nos têm ajudado e espero que continuem a fazê-lo”, expressou, sustentando que a aquisição destas duas viaturas vem reforçar o parque automóvel da corporação.
“Tem existido um excelente espírito de colaboração entre a direção e o corpo ativo e felizmente isso tem permitido minimizar as dificuldades em diferentes domínios e cumprir com aquilo que é a nossa missão e os nossos objetivos”, afiançou, reiterando que a corporação goza de um comando sólido.
O responsável pela Associação Humanitária dos Bombeiros de Paço de Sousa reconheceu que ser presidente desta instituição é uma responsabilidade acrescida, sobretudo, nos tempos que correm.

“A direção sempre procurou resolver os problemas dos bombeiros que são muito mal pagos, não têm um acordo coletivo de trabalho, são assalariados. A direção tem procurado dar alguns mimos, mas necessitamos de alguém da tutela que dê condições aos bombeiros”, avançou, reconhecendo que urge distribuir as verbas e canalizá-las com sentido de acuidade por todas as corporações.

O chefe António Ferreira Silva, quadro de honra dos Bombeiros de Paço de Sousa, com 37 anos de dedicação aos bombeiros, antigo comandante, padrinho da viatura de combate a incêndios florestais, parabenizou o esforço que tem sido realizado pela direção e pelo comandado no sentido de dotar a instituição de mais e novos meios de combate a incêndios, mas, também, na prestação do socorro.
“Para mim é uma honra ser padrinho desta viatura. Estou orgulhoso”, acrescentou.
Refira-se que este domingo decorre a sessão solene com a presença dos órgãos sociais da instituição, elementos da Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto, da Liga dos Bombeiros de Portugal, da autarquia, entidades e demais convidados.