O último relatório de monitorização da situação epidemiológica da COVID-19, com data de oito deste mês, elaborado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) destaca que a “epidemia mantém uma incidência muito elevada, embora com inversão da tendência crescente que se vinha a observar nas últimas semanas”.
De acordo com a DGS, “os internamentos apresentam um abrandamento da tendência crescente, enquanto a mortalidade específica por COVID-19 mantém uma tendência crescente”.
O relatório reforça que o “ impacto na mortalidade geral mantém-se reduzido”, referindo que deve “ser mantida a vigilância da situação epidemiológica da COVID-19, e recomendando o reforço das medidas de proteção individual e a vacinação de reforço, e aposta na consciencialização da população.”.
Ainda de acordo com o documento, “às 00:00 de 18 de maio de 2022 entrou em vigor a contabilização dos episódios de suspeita de reinfeção, com a atualização retrospetiva dos casos acumulados”.
A DGS declara que “os novos casos passam a incluir todos os episódios de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19. Os indicadores apresentados neste relatório refletem esta atualização”, salientando que o “número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 7 dias, foi de 1 539 casos, com tendência decrescente a nível nacional”.

A autoridade de saúde nacional sublinha que a “região de Lisboa e Vale do Tejo e a Região Autónoma da Madeira apresentam uma tendência crescente, enquanto as restantes regiões de saúde apresentaram uma tendência decrescente”, frisando que o “R(t) apresenta um valor inferior a 1 a nível nacional (0,98), e na maioria das regiões do Continente, o que indica uma tendência decrescente”.
A mesma entidade afirma que o “número de pessoas com COVID-19 internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente revelou uma tendência crescente a estável, correspondendo a 42,4% (no período anterior em análise foi de 42,0%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”, acrescentando que a “razão entre o número de pessoas internadas e infetadas foi de 0,10 com tendência estável, indicando uma menor gravidade da infeção à semelhança do observado desde o início de 2022”.

O relatório confirma que a “linhagem BA.5 da variante Omicron continua a ser claramente dominante em Portugal”, manifestando que esta “linhagem tem revelado uma maior capacidade de transmissão, a qual é potencialmente mediada por mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e, ou, na sua capacidade de evadir a resposta imunitária”.
“A mortalidade específica por COVID-19 (50,1 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes) apresenta uma tendência crescente”, alude o relatório que manifesta que a “mortalidade por todas as causas encontra-se acima do esperado para a época do ano, indicando um excesso de mortalidade por todas as causas, embora de reduzida magnitude, associado ao aumento da mortalidade específica por COVID-19”.
