A Associação Nossa Senhora dos Remédios – Obra do Bem-fazer chegou a Fátima no dia 10 de maio, tendo completado a sua 30 peregrinação ao Santuário de Fátima.

Luís Almeida, de 76 anos de idade, tesoureiro da Associação Nossa Senhora dos Remédios – Obra do Bem-fazer, e um dos responsáveis pela peregrinação a Fátima realçou, em declarações ao Novum Canal, que o grupo vai hoje e amanhã participar nas cerimónias oficiais.

“O grupo extava ansioso por chegar ao Santuário, depois de nos dois últimos anos, não ter sido possível fazer a peregrinação, na sequência da Covid-19 e das restrições que foram decretadas”, disse, salientando que há 76 anos que faz esta peregrinação.

Ao Novum Canal, Luís Almeida confirmou que a vontade de ajudar os peregrinos levam-no a cumprir todos os anos religiosamente esta missão.

“Move-me sobretudo a vontade de ajudar os outros”, avançou, salientando que este ano, apesar da crise sanitária, a Associação Nossa Senhora dos Remédios – Obra do Bem-fazer conseguiu juntar cerca de 350 peregrinos.

“Habitualmente o grupo integra mais de 500 peregrinos, mas este ano, os contágios e alguns receios fizeram com que muitos peregrinos optassem por não integrar o nosso grupo ainda com receio da Covid-19 e dos contágios que se fazem ainda sentir”, disse, realçando, no entanto, o facto, deste ano, ter sido possível voltar a entrar no Santuário e viver toda a atmosfera e ambiente de Fátima.

Luís Almeida enalteceu ainda, o forte dispositivo de voluntários que este ano voltou a associar-se à peregrinação e à associação num trabalho que classificou de ímpar e cujas tarefas vão desde os primeiros socorros, ao apoio psicológico, as refeições, a logística com as dormidas e outras.

 “Este ano voltamos a contar com o apoio de cerca de 100 voluntários. Todos eles têm uma função que lhes é previamente atribuída, todos sabem o que fazer para que nada falte ao peregrino”, afirmou, reconhecendo que o apoio dos voluntários é, também, fundamental para ajudar a minimizar as dores, ultrapassar o sofrimento dos peregrinos que enfrentam várias adversidades até chegarem ao seu destino final.

 Luís Almeida manifestou, ainda, que além dos quilómetros, os peregrinos tiveram, ainda, de enfrentar o calor que se fez sentir.

“Felizmente conseguimos chegar. Estamos bem e vamos, agora, participar nas cerimónias e regressamos esta sexta-feira a Paredes”, expressou, reconhecendo que a situação na Ucrânia foi, também, um tema que esteve presente nas conversas e preocupações de muitos dos peregrinos.

Refira-se que da cidade de Paredes partiram cerca de 800 peregrinos apoiados pela Associação Nossa Senhora dos Remédios – Obra do Bem-fazer, pela Obra de Caridade ao Doente Paralítico (OCDP – Paredes) e pelo Rancho Regional de Paredes.