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(C/VÍDEO) “Hélios, a Jornada Solar”, mais recente trabalho de Cidália Fernandes e Isilda Nunes apresentado em Vila Meã

“Hélios, a Jornada Solar”, mais recente trabalho de Cidália Fernandes e Isilda Nunes apresentado em Vila Meã

“Hélios, a Jornada Solar”, o mais recente trabalho de Cidália Fernandes e Isilda Nunes foi apresentado, esta sexta-feira, no cineclube Raimundo Magalhães, em Vila Meã, no concelho de Amarante.  

Cidália Fernandes destacou, em declarações ao Novum Canal, que este livro é o resultado de um desafio lançado pela Isilda Nunes, artista plástica e escritora portuguesa conhecida a nível internacional, que é também astróloga e versada em mitologia.

Cidália Fernandes realçou que “o grande fio condutor da obra é o percurso do indivíduo, onde cabem aprendizagens várias, desconcertos e certezas, alegrias e dissabores”.

“É uma alegoria clara, uma garantia experiencial e cada passo uma aprendizagem nossa. Em cada curva do labirinto, controlado aparentemente pelos deuses que não passam de seres frágeis como os humanos, uma lição de vida que surge e se mistura com as atitudes e com os comportamentos de cada um de nós”, disse.

A autora realçou que esta obra foi sendo escrita e crescendo a seu lado.

“Como tenho de conciliar a atividade de escritora com a de professora, não tenho disponibilidade a tempo inteiro para escrever. Este livro foi sendo escrito e foi crescendo ao meu lado, não sei precisar durante quanto tempo. Antes da pandemia estava pronto, teve de ficar à espera de uma oportunidade”, manifestou.

“Mas continuei a regressar a ele várias vezes, como sucede sempre que escrevo um livro, por muito pequeno que seja. Esta é a metáfora da criação artística: há uma árvore com um tronco e uns ramos nus, que vai sendo paulatinamente vestido e ornamentado. Eu e a Isilda fomos trocando impressões, falando, construindo”, acrescentou.

Cidália Fernandes reconheceu que o facto deste livro ter sido escrito em colaboração com Isilda Nunes tornou-o mais desafiante.

“Sim, os astros dominam, mesmo sem termos consciência disso, as nossas vidas. A Isilda Nunes, mestre de astrologia, domina completamente o saber a esse respeito. A astrologia tem como base a mitologia grega que é considerada também a fonte de um conhecimento ancestral. A mitologia sempre me fascinou, neste projeto tive oportunidade de dar corpo ao longo trabalho de investigação iniciado há muitos anos, mesmo enquanto professora do Ensino Secundário. Há mais ilações entre a mitologia e as histórias infantojuvenis, por exemplo, do que imaginamos”, sustentou, sublinhando que por outro lado, “este livro tem a particularidade de ter ilustrações feitas pela Isilda, facto que enriquece o livro; as ilustrações dão continuidade à história, vestem as personagens, revelam-nos a sua beleza primordial. Não é habitual encontrarmos romances com ilustrações”.     

A autora do concelho de Amarante, professora na Escola Secundária de Penafiel, avançou que esta foi a primeira vez que realizou uma obra em coautoria.

“Deste género, sim. Já publiquei manuais escolares e livros técnicos em coautoria, e participei também em antologias de poesia e de contos”, atalhou, reconhecendo que ainda é cedo para obter um feedback dos seus leitores.

“Ainda é muito cedo para pensar nisso. Há um tempo para semear e um tempo para colher. O livro acabou de ser entregue, de ser semeado. Aguardo as reações. Algumas pessoas que o leram, consideram-no muito interessante e singular. Não é um livro de aventuras, ajuda antes a repensar o nosso papel no Universo”, expressou.

Falando deste seu mais recente trabalho, Cidália Fernandes afirmou que esta é uma obra que é, também, uma viagem, uma espécie de introspeção, que nos remete para aquilo que são os desafios do ser humano enquanto indivíduo, mas, também, para o conceito de humanidade.

“Exatamente. É uma alegoria da caminhada individual e social. A procura de si dentro de si próprio. O indivíduo esconde segredos riquíssimos que precisa de descobrir e de revelar, muitas vezes procura-os fora de si próprio, nos outros, nos objetos de que se rodeia, nos paradigmas e até mesmo nas crenças castradoras. Aqui o percurso é feito em sentido contrário: de fora para dentro”, afirmou, confirmando que este livro, mais uma vez, explora diversas dicotomias, que são, aliás, uma presença nas suas obras.

“Toda a arquitetura sociológica e humana se alicerça num conjunto de dicotomias já vulgarizadas, na denominada luta de contrários (claro e escuro, noite-dia, bem-mal, vida-morte…). Também neste livro encontramos bem nítida essa dinâmica. Não havia dualidade nos deuses, ou eram cruéis ou pacíficos, ou bons ou maus. Essa característica, a da dualidade, era/é apanágio dos homens. Porém, a caminhada da personagem Hélio, supervisionada pelos deuses, vem provar o contrário”, garantiu.

Interpelada se pretende enveredar pelo género  do romance em detrimento da literatura infantojuvenil que a celebrizou, de alguma forma, a escritora foi taxativa: “Não, de modo algum. Continuo a escrever e a publicar livros infantojuvenis. Nunca deixaria de escrever para crianças. É uma forma de me sentir mais próxima da essência do humano. Por natureza, as crianças estão muito mais abertas à partilha de saberes, não estão formatadas, e digo sempre que o momento mais importante é o momento da partilha da história, quando me encontro com a narração, na sua presença, de preferência, porque não me basta contar ou narrar, preciso de viver a história que criei. Por isso me sirvo da dramatização para chegar ao público. Como dizia Saramago “falar de modo que os outros nos entendam é sinal de sentimento e de respeito”.

 Falando dos projetos que tem a curto/médio prazo, Cidália Fernandes esclareceu que  “um escritor tem sempre um projeto a pairar sobre a sua cabeça”.

“Pode ser uma ideia, um texto, ou apenas os traços de uma personagem. Há mais um livro infantojuvenil e um manual para o 1º ciclo”, precisou.

Refira-se que a apresentação do mais recente trabalho de Cidália Fernandes e Isilda Nunes integrou vários momentos musicais e de leitura.

A apresentação desta obra foi feita pela escritora Ana Albergaria, tendo a apresentação sido conduzida por Álvaro Maio.

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