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Uso da máscara no terceiro período contestado por professores e alunos

Uso da máscara no terceiro período contestado por professores e alunos

O uso de máscara nas escolas está a ser contestado por professores e alunos. a comunidade escolar tinha a expectativa de menos limitações na última fase do ano letivo, mas a diretora-geral da saúde, defendeu que uso de máscara deve continuar nas escolas.

Graça Freitas considerou que nas escolas há uma grande população suscetível de se infetar e de infetar os outros, em particular familiares e, por isso, mantém a recomendação de utilização de máscara para menores, a partir dos 10 anos.

Entretanto, o Conselho Nacional de Saúde manifestou-se contra a continuidade do uso de máscaras nas escolas.

A posição é expressa numa nota divulgada na sequência de uma reunião plenária do Conselho Nacional de Saúde na qual refere ver com apreensão a insistência no uso de máscara no contexto das escolas e creches, considerando que esta medida de proteção individual deve restringir-se a outros contextos mais específicos, como serviços de saúde ou lares.

Jorge Ascenção, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais, destaca que o uso de máscara é um fator perturbador das escolas e que está a ter impacto a nível de socialização e também da saúde mental.

Fotografia: Câmara de Castelo de Paiva

“Obviamente que temos de aceitar as decisões das autoridades de saúde, agora, tínhamos a expetativa que não fosse obrigatório face à evolução registada. Sabemos que o número de contágios é ainda elevado, mas não tem a gravidade que tinha noutras tempos e tínhamos a expetativa que a DGS ponderasse outros aspetos inclusive da saúde mental, da saúde física. Fazer exercício físico com máscara não é propriamente o mais abonatório. A própria respiração das pessoas num espaço fechado, durante tanto tempo, numa sala de aula, limita a oxigenação, a concentração. A própria saúde mental fica afetada. A atividade profissional do ensino e da aprendizagem depende muito da voz e da própria expressão. Tudo isto tem um impacto e a DGS sabe isso e no médio prazo, existem algumas análises que apontam nesse sentido e advertem para os impactos ao nível da socialização”, disse.

Jorge Ascenção afirmou que visitou recentemente várias escolas, referindo que a mensagem que tem sido veiculada pelos professores e operadores é que os alunos estão mais “indisciplinados e impacientes”.

“Há todo um clima de saturação e intranquilidade, neste momento, no espaço escolar, que não é nada bom para as aprendizagens e para o desenvolvimento das próprias crianças. Ainda que as máscaras possam continuar a ser obrigatórias nalguns espaços fechados, o espaço da escola deveria ser dos primeiros em que essa obrigatoriedade deveria cair porque estes cumprem as regras, as crianças estão viradas todas no mesmo sentido e havia condições para deixar cair o uso obrigatório das máscaras neste período”, expressou, sustentando que há crianças e adolescentes que nunca viram um rosto e o sorriso de um professor ou de uma professora.

“Esta é uma atividade que foi prejudicada ao longo destes dois anos. A pandemia agravou as desigualdades que existem e a máscara não ajuda”, confirmou, reiterando que a utilização da máscara é um fator de perturbador da aprendizagem.

“A máscara perturba o estado emocional, perturba a concentração e um aluno precisa de estar concentrado. É um fator que prejudica”, disse, mostrando-se expetante que já no próximo Conselho de Ministros o Governo seja sensível às preocupações dos pais e dos professores e deixe cair esta obrigatoriedade.

“Por detrás desta decisão de manter as máscaras está a ideia de que as escolas eram espaços diferentes, como se estas fossem responsáveis pelos contágios. Esta mensagem de que as escolas eram o problema foi veiculada através dos órgãos de comunicação social. Existe algum receio de que deixar cair as máscaras possa fazer disparar os contágios, mas as escolas nunca foram o verdadeiro problema da pandemia. Espero que já no próximo Conselho de Ministros que o Governo pondere de forma mais equilibrada tudo o que está em causa e que para as escolas esta obrigatoriedade possa cair, ainda, que haja contextos pessoais em que a máscara se venha a manter”, acrescentou, sustentando que apesar da transmissibilidade a gravidade dos contágios é, hoje, menor.  

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