O PSD Baião refere que Governo socialista adiou mais uma vez a eletrificação da linha do Douro.
O assunto foi aflorado na última reunião do executivo municipal, realizada no dia 14 deste mês, com o vereador Paulo Portela a questionar o presidente da Câmara de Baião, Paulo Pereira, sobre este tema.
Já na semana passada, o PSD Baião, por intermédio da presidente da Comissão Política de secção, Ana Raquel Azevedo, declarou em comunicado, que “os baionenses foram mais uma vez surpreendidos pelo esquecimento deste governo socialista, sendo mais uma vez colocado em segundo plano o desenvolvimento da região e do interior”.
O PSD Baião refere que, segundo as Infraestruturas de Portugal, “o montante inicialmente alocado ao troço Marco-Régua foi usado para reforçar o co-financiamento dos troços Caíde-Marco de Canaveses e Meleças-Caldas da Rainha”.
“A modernização da linha do Douro até à Régua, que inclui as estações baionenses, passará a ser financiada pelas verbas do quadro comunitário 2021-2027, muito além do tempo limite que era previsto”, lê-se na nota de imprensa que nos foi endereçada que reforça que esta obra é “um ímpeto ao desenvolvimento da região e do concelho de Baião, chegou a ser apresentada em 2018, com pompa e circunstância, tendo sido adiada “devido a imprevistos da responsabilidade do consórcio que venceu o concurso para a elaboração do projeto”, segundo notícia na página do Município de Baião”.
O PSD Baião relembra que “Em julho de 2021, a dois meses das eleições autárquicas, o executivo socialista anuncia que a “eletrificação da Linha do Douro entre Marco de Canaveses e Régua vai mesmo avançar”, com previsão que a mesma fosse iniciada no segundo semestre de 2022”.
“O PSD Baião já conhece bem “as certezas absolutas socialistas” a meses de eleições, tanto do poder central como do executivo camarário, dado o recorrente uso das mesmas. O desenvolvimento do interior e do nosso concelho não pode ser preocupação mediante timmings eleitorais e estados de alma”, avança a mesma nota informativa que recorda que os baionenses “não podem continuamente esperar pela beneficência do poder central, que ao longo dos tempos tem usado e abusado da bandeira da coesão territorial, que não se tem concretizado com ações”.
“Assim, o PSD Baião não compreende o silêncio ensurdecedor do PS Baião relativamente a este tema e condena de forma veemente o esquecimento e os sucessivos atrasos que o governo socialista coloca ao desenvolvimento de Baião”, reforça o PSD Baião.
“Não vale tudo para ganhar eleições e os baionenses merecem mais respeito e consideração. Exige-se respeito pelo interior. Exige-se respeito por Baião”, acrescenta o comunicado.
Refira-se que o presidente da Câmara de Baião, Paulo Pereira, questionado sobre este assunto, na reunião de câmara, de 14 deste mês, referiu que interpelou já as Infraestruturas de Portugal e que trata-se apenas de um ato de gestão que não irá colocar em causa a execução das obras.
“É uma opção de gestão canalizar essas verbas para o que está a ser executado, mas que não põe em causa a execução da obra que será apoiada por outro projeto. Quanto a atrasos não há nada em concreto. É uma opção de gestão em função das verbas disponíveis não serem postas em causa”, disse, salientando que com a Guerra na Ucrânia os prazos do PRR tornaram-se ainda mais apertados.
“A informação oficiosa que tenho é que há um ato de gestão”, reiterou, sublinhando que as obras previstas no PRR, nomeadamente, as ligações de Baião à Ponte da Ermida e de Quintã a Mesquinhata estão incluídas no Plano de Recuperação e Resiliência.
“Em função das regras do jogo, espero que tudo corra conforme está previsto. Discordo da interpretação do vereador Paulo Portela de que devo pedir desculpa aos baionenses porque os enganei. A informação que dou é em função daquilo que nos é disponibilizado pelos membros do Governo pelas entidades que connosco se relacionam. Existindo um atraso no PRR obviamente não é da minha responsabilidade”, precisou.
O Novum Canal questionou, também, o PS Baião sobre o mesmo assunto, endereçando para a página oficial do partido algumas questões sobre este mesmo tema, mas, até ao momento, ainda não obtivemos qualquer resposta.