O presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, afirma “congratular-se com a suspensão da receção de resíduos biodegradáveis no aterro de Sobrado, mas apela novamente ao Governo para o encerramento definitivo daquela estrutura”.
A autarquia valonguense destaca, em nota informativa, que “esta suspensão surge na sequência da sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Penafiel que validou a decisão da CCDR-N, que ordenou a suspensão de receção de resíduos biodegradáveis, devido ao facto do Aterro de Sobrado não ter condições adequadas ao tratamento dos respetivos lixiviados, conforme tem sido denunciado publicamente pela população sobradense e pela Câmara Municipal de Valongo”.
“O aterro de Sobrado nunca deveria ter sido licenciado. Esta suspensão de deposição de resíduos biodegradáveis só vêm reforçar a nossa posição”, frisou o autarca na mesma nota informativa, sublinhando que “é urgente encerrar definitivamente e descontaminar o aterro que foi mal licenciado em 2007 e que se encontra a escassos metros das escolas e do povoado, constituindo efetivamente um problema de saúde pública para a população que vive nas proximidades do aterro”.
A Câmara Municipal de Valongo destaca que, também, se “pronunciou contra a renovação das licenças, em 2017/18, pela APA (Agência Portuguesa do Ambiente) e pela CCDR-N (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte)”, lembrando que “contudo, estas duas entidades não consideraram a posição da autarquia e renovaram as licenças de forma unilateral”.