A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP) disponibiliza os seus serviços de cuidados de saúde especializados na diabetes a todas as pessoas refugiadas com diabetes que venham para Portugal e precisem de apoio.
A APDP destaca que tem ainda disponível uma linha de apoio (21 381 61 61) para aconselhamento especializado, que funciona todos os dias, das 9h00 às 17h00, fazendo um “apelo à coordenação entre ações de solidariedade para que sejam mais eficazes na resposta às necessidades das populações vítimas da guerra”.
Citado em comunicado, o presidente da APDP, José Manuel Boavida, diz que “a escalada do conflito da Ucrânia tem consequências devastadoras para a saúde destas populações. Não há saída da guerra além do cessar-fogo imediato, para que possam ser assegurados os tratamentos das pessoas que vivem com doença crónica. A vida humana não é compatível com a guerra”, acrescentando que, em Portugal, “além da pressão política e económica, temos de ter a capacidade para apoiar os refugiados que vão chegando a Portugal. Para que as iniciativas de solidariedade sejam eficazes têm de ser coordenadas e a APDP já confirmou a sua disponibilidade para a receção, orientação e acompanhamento dos refugiados com diabetes.”
Já João Filipe Raposo, Diretor Clínico da APDP adianta que os cidadãos refugiados que estejam em Portugal poderão, através dos serviços da APDP irão “receber consultas médicas e todos os tratamentos necessários para a compensação da diabetes. Aumentar a acessibilidade aos cuidados de saúde da população refugiada é um ato de cidadania, principalmente numa altura em que são tão necessários. Para acederem aos nossos serviços, basta entrarem em contacto connosco pelo email diabetes@apdp.pt”, garante.
A APDP assegura que a “situação humanitária na Ucrânia e nos países vizinhos está a piorar aceleradamente e as hostilidades interrompem o acesso aos cuidados de saúde a milhões de pessoas, sujeitas a sofrimento e dificuldades extremas”.
“A Federação Internacional de Diabetes (IDF) , da qual a APDP é membro, está profundamente preocupada com a crise em curso na Ucrânia e está a monitorizar de perto a situação para garantir que o apoio de emergência chegue às pessoas que vivem com diabetes no país e às que foram forçadas a fugir para países vizinhos. De acordo com as últimas estimativas da IDF, mais de 2,3 milhões de adultos vivem com diabetes na Ucrânia e 15.000 crianças e adolescentes são afetados pela diabetes tipo 1”, lê-se na nota informativa que foi endereçada aos órgãos de comunicação social.