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(C/VÍDEO) Protesto no Porto contra o aumento dos combustíveis e dos bens essenciais. Prometidas novas ações

Protesto no Porto contra o aumento dos combustíveis e dos bens essenciais. Prometidas novas ações

Um grupo de pessoas de vários concelhos do distrito do Porto juntaram-se, no sábado, na rua de Santa Catarina, no Porto, num protesto contra o aumento dos combustíveis e dos bens essenciais e a especulação de preços.

“Uma vez mais, o Porto juntou algumas dezenas de pessoas em protesto contra o aumento do custo de vida. Gritando que “o custo de vida aumenta, o povo não aguenta”; “sobe a luz, sobe o gás, só não sobe o meu salário”; “sobe o pão, sobe a renda, só não sobe o meu salário”, reuniram-se na Rua de Santa Catarina onde esclareceram sobre as razões do protesto, convidaram as pessoas a juntarem-se ao grupo informal que tem vindo a desenvolver os protestos. “Sempre os mesmos a pagar, sempre os mesmos a lucrar” deixa bem claro que a crise dos preços se deve em grande medida à ganância de uns e à inoperância do Governo”, refere a nota de imprensa que foi endereçada aos órgãos de comunicação social que acrescenta que o grupo está a crescer e que em breve anunciará novas ações, nomeadamente, uma reunião para delinear novas dinâmicas de protesto, uma vez que o fim do problema não se prevê para breve.

Fotografia: DR

O grupo avança que o conflito da Ucrânia, por muito grave e preocupante que seja, não justifica aumentos imediatos de 20 a 30 por cento no preço de bens de primeira necessidade.

“E nunca é demais lembrar que o conflito na Ucrânia, por muito grave e preocupante que seja, não justifica aumentos imediatos de 20 a 30 por cento no preço de bens de primeira necessidade, como seja a carne, o peixe, o pão, as massas, o óleo, os ovos, a fruta e os legumes. Mas também os combustíveis, que aumentam muito para lá da dimensão fiscal face à especulação das gasolineiras”, avançam os manifestantes que sustentam ser premente o “fim da dupla tributação dos combustíveis e a eliminação do adicional ao Imposto sobre Produtos Petrolíferos”.

“Não é de menor relevância a especulação a que se assiste. E exige-se que o Governo tome medidas para o controlo da desmedida ganância das petrolíferas e de todas as grandes empresas, cujos lucros aumentam a cada ano”, reforçam, sublinhando que se nada for feito “para o travar, a ganância dos mercados, com a conivência do Banco Central Europeu e das grandes empresas, prepara-se para agravar ainda mais as condições de vida já precárias dos trabalhadores e reformados com os aumentos anunciados das taxas de juro, colocando muitas pessoas em risco de perder a sua habitação”.

Fotografia: DR

“Só o caminho da paz e da regulação do poder económico podem travar a previsível catástrofe para os mesmos do costume. Mas também o aumento dos salários e das pensões são fundamentais para fazer face às dificuldades que se vivem e às que se avizinham”, alude o comunicado que relembra que “só o caminho da paz e da regulação do poder económico podem travar a previsível catástrofe para os mesmos do costume. Mas também o aumento dos salários e das pensões são fundamentais para fazer face às dificuldades que se vivem e às que se avizinham”.

Alexandra Paz, uma das manifestantes, destacou, em declarações ao Novum Canal, que este protesto teve, também, como propósitos alertar para o aumento das rendas e trazer para a agenda pública um assunto que é relevante e que merece ser devidamente discutido e analisado.

“O grupo surgiu de um conjunto de preocupações comuns a um grupo de amigos pelo que resolvemos fazer alguma coisa e envolve vários elementos de concelhos do distrito e da região Norte. A grande maioria das pessoas não são do Porto”, disse, manifestando que é objetivo alargar este grupo a outras pessoas.

“A ação que fizemos no sábado teve um feedback positivo, com um número significativo de pessoas a participar. Verificamos que muitos dos aumentos não são de agora, já vêm desde 2020. Percebemos, ainda, que há pessoas que estão a passar por inúmeras dificuldades com estes aumentos e grandes grupos a tirar partido disto”, frisou, sustentando que entre 2020 e 2021, por exemplo, a “Galp distribuiu mil milhões de euros por acionistas”.

Fotografia: DR

“Claro está, esta é uma realidade que choca um bocadinho com as dificuldades que as pessoas estão a passar. A Sonae teve lucros nos últimos oito anos, quando houve outras empresas e negócios que fecharem em todo o lado. Houve gente que sentiu e bem isto. Fecharam negócios. A pequena restauração foi muito afetada. Ao mesmo tempo verificamos situações algo paradoxais. Não pode um Governo olhar para o outro lado, não é apenas a epidemia e a Guerra a estar na origem disto. Há quem vá tendo lucros consideráveis e quem continue a pagar mais”, afirmou, reconhecendo que esta é uma situação que tende a agravar-se.

“Verificamos que no Porto e em Lisboa e em muitas cidades já tinha havido aumentos nas rendas significativos que não têm a ver com o Covid-19 ou a guerra, Falta aqui intervenção para evitar que isto seja insuportável”, manifestou, apontando para a necessidade de haver medidas para evitar a especulação de preços.

“Esperamos que haja do Governo esse interesse em regular esta situação”, atalhou, confessando que a intenção é avançar com mais ações deste género para falar sobre este assunto.

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