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(C/VÍDEO) É mais do que expetável que preço do pão volte a subir

É mais do que expetável que o preço do pão volta a subir

Depois de ter subido no início do ano, é mais do que certo, referem os agentes e setores da panificação, que o preço do pão volte a subir nas próximas semanas.

O presidente do Conselho Fiscal da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP), Hélder Pires destacou, em declarações ao Novum Canal, que o aumento do preço dos combustíveis, da energia e o escalar da guerra com a invasão da Ucrânia pela Rússia irão provocar uma nova subida do preço do pão.

“ A subida do preço do pão é praticamente uma inevitabilidade. A dimensão dos aumentos que o setor está a sofrer a nível das matérias primas, nomeadamente da farinha que é a principal matéria-prima que utilizamos, do preço da energia e dos custos dos combustíveis levam-nos a pensar que esta nova subida é quase inevitável. Estamos a falar de fatores de produção, tanto a energia como dos combustíveis com um impacto forte na panificação. Todos estes fatores conjugados impelem-nos para que tenhamos de fazer um ajustamento dos preços do pão porque a situação da forma que como está é muito complicada”, declarou.

Hélder Pires confirmou que o cenário da guerra na Ucrânia acelerou significativamente o agravamento dos preços que já se vinha a verificar desde o ano passado.  

Fotografia: ACIP – Associação do Comércio e da Indústria de Panificação

“No final do ano passado e no princípio deste ano a energia e os bens, de uma forma geral, estavam a sofrer aumentos significativos, pelo que a questão da guerra na Ucrânia veio acelerar toda esta situação e no caso dos cereais, a Ucrânia e a Rússia são dois países exportadores e em consequência da guerra não estão a exportar, o que tem provocado escassez no mercado mundial e consequentemente aumento nos preços. A Rússia é também exportador de petróleo o que provoca pressão nos preços da energia”, expressou.

Questionado sobre que medidas defende associação para minimizar este problema, o responsável pela ACIP relembrou que o pão é um bem essencial e que a margem de lucro dos operadores que atuam no mercado é extremamente baixa.

“Estamos a falar de um produto de primeira necessidade, onde a competição entre os vários operadores se faz pela via do preço o que leva ao esmagamento de margens comerciais. Trabalhamos com margens relativamente baixas, o que significa que numa altura destas em que estamos a ser afetados por um aumento violento dos custos da matéria-prima e da energia que utilizamos não temos pela via da margem forma de acomodar este aumento, o que significa que uma parte destes aumentos que estamos a sofrer, vamos ter que o fazer refletir no preço dos produtos”, concretizou, mostrando-se expetável que possam surgir propostas que ajudem a minimizar esta situação.

“A consequência mais imediata terá de passar pelos aumentos do preço do pão, fazendo-os repercutir nos consumidores”, acrescentou, salientado que era fundamental que o setor funcionasse com alguma naturalidade.

Interpelado sobre uma eventual rutura de stocks, Hélder Pires esclareceu que existem colegas que estão a fazer aumentos de stocks de produto, de farinha.

“Esse aumento de stocks está a provocar pressão na procura e por arrastamento e maior pressão no preço”, concretizou, defendendo a racionalidade como medida para evitar situações mais drásticas.

Quanto à eventual falência de algumas empresas, o presidente do Conselho Fiscal da ACIP manifestou que um eventual agravamento desta situação poderá contribuir para adensar ainda mais as dificuldades que o setor enfrenta.

“Pelo que nos dizem as moagens, que são as fornecedoras de farinhas do setor, o risco de rutura de stocks não existe para já. Há mercados alternativos para comprar cereal, embora estejamos a falar de mercados que vendem os cereais a um preço elevado pelo que o preço irá continuar a escalar. Quanto às eventuais falências no setor é possível que venham a suceder porque se os operadores não conseguirem passar uma parte destes aumentos que estão a sofrer para o preço de venda dos produtos que vendem, economicamente isto é um suicídio e isso pode provocar falências”, sublinhou, salientando que existem cerca de mil associados ligados à ACIP.

“Temos que manter a esperança e sermos racionais. Estamos perante uma situação delicada que pode assumir contornos de vária natureza. Esperamos que as piores hipóteses não se confirmem. Temos de continuar a viver e acreditar que na questão da guerra impere o bom senso e que a guerra termine” manifestou.

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