O presidente da Câmara de Penafiel, Antonino de Sousa, recordou, à margem dos 252 anos de Elevação a Cidade com distinção várias personalidades e entidades, que Penafiel está solidário com as vítimas da guerra na Ucrânia, na sequência da invasão da Rússia àquele país.
O autarca associou-se à crescente onda de solidariedade que se tem feito sentir no país e afirmou, mesmo, que está disponível para acolher as vítimas desta guerra.
“Num dia tão marcante para o concelho, que reúne aquelas que são as figuras e as referências a cidade e do concelho, data que celebramos com muita emoção, não podíamos passar ao lado desta tragédia que está a acontecer a um estado soberano”, disse, recordando que esta guerra é “mais do que uma invasão militar, é um ataque ostensivo a todos os valores da sociedade ocidental”.
“Nesta que e a data maior da nossa cidade e do concelho quisemos homenagear os ucranianos que estão a viver este momento tão difícil das suas vivas enquanto cidadãos e enquanto nação e partilharmos essa solidariedade com os ucranianos que vivem em Penafiel. Existem mais de uma centena de ucranianos que escolheram Penafiel para constituírem as suas vidas e quisemos dar-lhes nota da nossa solidariedade e dizer-lhes que estamos disponíveis para os acolher e prestar-lhes todo o apoio nesta circunstância tão difícil que a Ucrânia está a viver”, disse.
Refira-se que no âmbito dos 252 anos de Elevação a Cidade foram atribuídas três medalhas de ouro e 14 medalhas de mérito municipal douradas.
As medalhas de ouro foram atribuídas ao médico de clínica geral, Almiro Mateus, Luísa Sampaio, enfermeira, e à Associação Recreativa Novelense.
Na sua intervenção, o presidente da Câmara de Penafiel, Antonino de Sousa, enalteceu os valores da penafidelidade e o contributo das várias figuras, personalidades e entidades distinguidas para a afirmação desses mesmos valores e para e exaltação da consciência coletiva do concelho.
O chefe do executivo municipal, na sua intervenção, relembrou que a cidade irá voltar a acolher eventos como a Agrival, o Corpo de Deus, entre outros, que devido à crise sanitária estiveram suspensos nos dois últimos anos.
Refira-se que o programa das comemorações dos 252 anos de elevação de Penafiel a cidade integra música, exposições, fogo-de-artifício, conferências e outros eventos.
Já esta sexta-feira, a Biblioteca Municipal celebrou o seu 27º aniversário com a inauguração da exposição “Penafiel na História de Portugal (Des)conhecida”, a apresentação da exposição de pintura de Ana Loureiro “Joaquim Santos, o rei do rali português”, agendada para as 21h00. Antes foi apresentada a obra “O Círculo Eleitoral de Penafiel (1911-1925)”, de António José Queiroz, com a presença de Germano Silva.
Já este sábado, dia 5, a Praça da Escritaria, no Sameiro, vai receber o concerto do Toy, momento que contará também com fogo-de-artifício.
O programa “Penafiel Cidade há 252 anos” integra o Dia Municipal do Bombeiro, agendado para o dia 13 de março, com o habitual desfile das corporações de Bombeiros Voluntários de Penafiel, Paço de Sousa e Entre-os-Rios.
Já no dia 18 deste mês decorrerá a gala dos 25 anos da Associação de Futebol Amador de Penafiel.
Da agenda de atividades previstas neste âmbito, faz, também, parte a reflorestação do Alto da Pegadinha, atividade agendada para os dias 21 e 22.
O Museu Municipal acolhe, 7, pelas 21h00, a conferência evocativa do 50.º Aniversário do nascimento do poeta Daniel Faria, por Arnaldo Saraiva e Rosa Faria.
No dia 12, pelas 15h00, decorerá a inauguração de pintura de Carolina Serpa Marques e a conferência “As (des)igualdades de género em Portugal”, por Maria Clara Sottomayor.
Ainda no Museu Municipal, vai realizar-se a conferência “Podas nas árvores: o que podemos ou não fazer?”, por Luís Miguel Martins, no dia 25, às 18h, e, no dia 26, às 18h00, a inauguração da exposição “Júlio Resende: portas da perceção”.
A Biblioteca Municipal recebe, no dia 11, pelas 21h00, o lançamento da edição “Anais de Penafiel III”, de J. F. Coelho Ferreira, com apresentação de Alberto S. Santos e momento musical pelo Grupo de Guitarras de Penafiel.
Penafiel, antes vila de Arrifana de Sousa, foi elevada a cidade pela mão de D. José I no dia 3 de março de 1770, para que aqui se pudesse fixar a sede de um novo bispado que a política pombalina queria destacar do “território da poderosa mitra portuense”.
Penafiel é, desta forma, uma das cidades mais antigas do país.