Cerca de 60 alunos Ensino Secundário da Escola Básica e Secundária de Lordelo visitaram, esta manhã, a Inovocorte, uma metalomecânica, sedeada em Lordelo, Paredes, no âmbito do projeto-piloto denominado ” A Vida à Porta”, projeto que tem o propósito de sensibilizar os jovens estudantes para o contexto real do mercado de trabalho.
A deslocação a esta unidade empresarial teve, também, como objetivos dar a conhecer aos alunos, no “terreno”, as oportunidades de emprego no concelho de Paredes, nos diferentes sectores de atividade.
O presidente da Câmara Municipal de Paredes, Alexandre Almeida, realçou que a indústria no concelho de Paredes está necessitada de mão-de-obra qualificada, servindo estas visitas para dar a conhecer aos futuros profissionais o leque de opções empresariais de que podem usufruir no concelho.
O chefe do executivo municipal avançou que estas visitas às empresas e o contacto com os empresários e demais agentes e atores que integram o tecido empresarial servem para desmistificar algumas ideias relacionadas quer com este tipo de empresas quer com o seu futuro profissional.
“Muitos alunos assim que terminam o 12.º ano de escolaridade optam por seguir outras opções, mas hoje em dia trabalhar numa empresa não tem nada a ver com o que era trabalhar numa unidade há cerca de 20 anos atrás. Estamos a falar de trabalhos e funções com um grau de especialização cada vez mais crescente, que exigem formação específica, com boas condições de trabalho e uma renumeração acima da média”, disse.
Falando da falta de mão-de-obra, o responsável pelo executivo municipal reconheceu que tem existido um crescimento das encomendas no nosso país, o que tem provocado um aumento da mão-de-obra.
“Daí a necessidade de apostarmos na criação de mais mão-de-obra para que mais jovens possam, por sua vez integrar e ingressar no mercado de trabalho”, avançou, sublinhando que as empresas estão cada vez mais abertas em acolher mão-de-obra do concelho que lhes permita responder aos desafios com que estão confrontadas.
O presidente da Associação de Empresas de Paredes (ASEP), Silvestre Carneiro, relevou a importância destas deslocações dos alunos às empresas como sendo um contributo para que no futuro as unidades venham a ter profissionais qualificados em diferentes áreas.
“Servem para conhecer estas unidades, as condições que as mesmas têm para oferecer. Os alunos que não querem prosseguir com os seus estudos têm no concelho um leque de empresas e de opções que podem abraçar, a maioria com um grande de sofisticação que lhes permite ter uma carreira de sucesso e evoluir do ponto de vista profissional”, expressou, afirmando que é objetivo da ASEP dar continuidade a estas ações, envolvendo outras áreas e setores de atividade.
Silvestre Carneiro enfatizou o trabalho que tem sido realizado pela autarquia paredense, mas também de todos os atores envolvidos neste projeto, nomeadamente aos agrupamentos.
“Pretendemos que no futuro as empresas venham a ter mão-de-obra qualificada que lhes permita satisfazer as suas necessidades e competir com um mercado que é cada vez mais global”, declarou.
José Machado, presidente da Inovocorte, reconheceu que a mão-de-obra qualificada é um problema que afeta cada vez mais empresas.
“Muitos jovens não querem trabalhar nestas unidades, mas, hoje em dia, as unidades estão devidamente capacitadas, dispõem de máquinas e um grão de sofisticação que permitem responder aos exigências dos clientes e do mercado e têm, por isso, um leque de opções para oferecer e devem ser encaradas como um oportunidade para muitos destes alunos que no futuro vão ter de optar por uma profissão”, manifestou.
José Machado esclareceu que a empresa tem 84 pessoas, mas tem condições para albergar muito mais, dispõe de formação qualificada na empresa que é conferida por profissionais da própria unidade.
Refira-se que um projeto-piloto ” A Vida à Porta”, alerta os estudantes para a falta de mão-de-obra no Concelho e para a necessidade das indústrias terem profissionais qualificados, em diferentes áreas.
Com estas visitas às empresas os jovens estudantes passam a conhecer mais de perto o tecido empresarial e a realidade das atuais condições laborais das fábricas, assim como as propostas que as várias empresas, que integram o tecido empresarial no concelho, têm para oferecer.
O projeto pretende dar a conhecer aos jovens as “oportunidades que existem na área onde residem para poderem fazer escolhas profissionais e para que possam adquirir competências, aprender “uma arte” e receber a formação e a ajuda das empresas adequadas para futuramente integrarem o mercado de trabalho local.
“Esta é uma das medidas adotadas para dar resultados, em breve, atendendo à escassez de trabalhadores na indústria do mobiliário, na metalomecânica, entre outras áreas que necessitam de mão-de-obra qualificada no concelho de Paredes.
A visita contou, também, com a presença da vice-presidente da autarquia, Elias Barros, e do Vereador da Educação Paulo Silva, e o diretor do Agrupamento de Escolas de Vilela, Albino Pereira, e da diretora do Agrupamento das Escolas de Lordelo, Beatriz Castro,