O Movimento Rio Sousa promoveu, este sábado, uma caminhada que juntou várias dezenas de participantes com o objetivo de promover uma maior consciencialização das pessoas para a importância deste recurso hidrológico.
A organização destacou que a caminhada contou com a presença de elementos do Movimento do Rio Sousa, do Movimento Rio Douro, de Rio Tinto e outros, tendo iniciado na Senhora do Salto, em Aguiar de Sousa, em direção à Torre do Castelo na mesma freguesia, com os participantes a efetuarem, depois, o percurso inverso.
Soares da Luz, do Movimento Rio Douro, relevou a importância destas ações, salientando que quer o seu movimento quer o Movimento do Rio Sousa têm como preocupação comum a salvaguarda deste património e do seu ecossistema que considerou ser único da região.
“O Movimento Rio Sousa foi um dos movimentos que patrocinou o nascimento do Movimento Rio Douro e como tal faço a ligação destes dois movimentos. As causas dos movimentos são as mesmas. Queremos agregar todas as forças, atores e agentes ligados a esta temática”, disse, salientando que a caminhada teve, também, como propósitos promover um contacto imediato com o que “mais fruível tem o Rio Sousa, designadamente a beleza do seu curso, as paisagens envolventes com toda uma riqueza geológica natural”.
A caminhada teve, também, como metas “dar a conhecer o património que constituem os seus moinhos, será numa oportunidade de convívio e de maior conhecimento de um legado imprescindível para a região”.
“Estamos a falar de um importante recurso da região, temos feitos várias ações e promovido várias atividades com o objetivo de alertar para as causas da poluição e degradação deste sistema”, frisou.
Soares da Luz recordou que quer o Movimento do Rio Sousa como o Movimento do Rio Douro têm alertado as várias entidades, os atores e os agentes políticos para a poluição de que de estes dois importantes recursos continuam a ser alvo.
Soares da Luz reiterou, ainda, a importância das comunidades de se envolverem nesta causa e pressionarem os respetivos agentes e atores políticos para a necessidade de salvaguardarem este recursos aquíferos.
António França, do Movimento Rio Sousa, confirmou que o movimento tem promovido várias atividades no sentido de acautelar e sensibilizar para a preservação deste património, apontando o mau funcionamento das etars como uma das causas da sua poluição.
“O matadouro continua a ser um cancro e existem etars, que apesar de novas, estão a funcionar mal. O rio Sousa tem um património cultural e natural que deve ser valorizado. A luta em defesa deste recurso faz todo o sentido”, concretizou, manifestando que o vereador do ambiente da Câmara Municipal de Paredes, Francisco Leal, esteve presente na caminhada e garantiu que autarquia recebeu uma verba no âmbito de uma candidatura para fazer a requalificação do rio Ferreira.
“Ficamos sempre agradados que estas ações envolvam a presença dos políticos locais e acreditamos que eles vão tentando fazer o seu melhor”, sublinhou, reforçando que o movimento tem já agendadas, para este ano, outras ações que serão dadas a conhecer oportunamente.