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Ucraniano, a residir em Lousada, diz estar preocupado com a família e o intensificar dos bombardeamentos

Ucraniano, a residir em Lousada, diz estar preocupado com a família e o intensificar dos bombardeamentos

Serhii Chaus, cidadão ucraniano de 33 anos, a viver há 22 anos em Lousada, operário da construção civil assume  estar preocupado com a dimensão que este guerra está a tomar, com os bombardeamentos a intensificarem-se, nos últimos dias em várias cidades e com o seu pai e os seus sogros, que permanecem na Ucrânia.

Apesar de estar em permanente contacto quer com o seu pai, quer com os seus sogros, Serhii Chaus admitiu que os acontecimentos mais recentes, o escalar da própria guerra, não deixam ninguém indiferente, sendo uma preocupação acrescida para si e para a sua esposa que, em Lousada, e apesar da distância que a separa dos seus pais acompanha diariamente o evoluir da guerra.

“Estamos em contacto todos os dias. A minha esposa está desempregada, mas está sistematicamente agarrada à televisão”, disse, salientando que o pai e os seus sogros já tiveram que dormir em abrigos devido aos bombardeamentos.

“Embora a situação na cidade onde eles residem não seja tão grave como noutras cidades, sei que eles já tiveram que se refugiar nos abrigos devido às bombas que persistem em cair em localidades mais próximas. Sei inclusive que os habitantes onde reside o meu pai e os meus sogros já apanharam alguns russos”, expressou, mostrando-se preocupado com o facto de, nesta fase, existirem já muitos conterrâneos seus que estão sem água potável e não têm energia e até alimentos.

Fotografia: Serhii Chaus

“Felizmente na cidade onde reside o meu pai e os meus sogros, isso não esta a acontecer, mas sei de comunidades e povoações em que as pessoas estão a passar por sérias dificuldades e as privações são imensas”, sustentou, sublinhando que em Mariupol esta situação é já uma realidade.

Serhii Chaus avançou, por outro lado, que o exército russo não está a deixar sair os ucranianos das cidades atingidas, criticando o facto das autoridades invasoras darem como opções, a essas mesmas pessoas, os corredores humanitários que as levam à Rússia e à Bielorrússia.

 “É óbvio  que ninguém quer usar esses corredores. Sei que já mataram várias pessoas que queriam sair”, declarou, sublinhando estar com receio que estes conflitos possam intensificar-se com consequências graves para as comunidades.

“Estou preocupado como é óbvio. Sei que a localidade onde está o meu pai e os meus sogros não foi atingida, mas eles conseguem ouvir os bombardeamentos. Estamos a falar de uma distância de 30 quilómetros, pelo que a preocupação é extrema”, confirmou, lamentado o ataque perpetrado pelas forças invasoras a uma maternidade.

Fotografia: Serhii Chaus

“A Rússia mudou de estratégia e já atacaram inclusive uma maternidade”, recordou, criticando, também, o facto da informação que é veiculada pela Rússia não corresponder à realidade.

Serhii Chaus afirmou, ainda, não entender as razões pelas quais a Rússia invadiu um estado soberano.

“Que tenha conhecimento a Ucrânia nunca se envolveu em nenhum conflito militar com outro país. Já Rússia envolveu-se várias vezes em conflitos. Acho que o presidente da Rússia quer aumentar o seu poder”, atalhou, recordando que esta invasão foi devidamente planeada.

“A Rússia, como é do conhecimento público, já tinha invadido a Crimeia e tinha desencadeado uma operação militar na Geórgia”, avançou, relevando o esforço, a entrega e a determinação dos militares, mas também da comunidade ucraniana que, neste processo, tem sido heróica na entreajuda aos militares ucranianas e no combate às forças invasoras.  

“A Ucrânia é a Ucrânia, nunca será da Rússia. Acredito que iremos conseguir sair desta situação dramática. Rezo todos os dias para que isto termine o mais rapidamente possível”, referiu.

Fotografia: Serhii Chaus

Serhii Chaus recordou, por outro lado, a importância da comunidade internacional, neste caso da União Europeia, para além das sanções já aplicadas, fecharem o espaço aéreo, garantido, desta forma, que os civis possam efetivamente sair em segurança das cidades que foram bombardeadas e estão sitiadas

Serhii Chaus enalteceu, também, o apoio que os ucranianos sedeados em Lousada têm tido da autarquia local.

“O vereador da Ação Social da Câmara de Lousada tem estado em contacto comigo, já evidenciou o seu apoio a esta causa, inclusive a disponibilidade em ajudar a trazer ucranianos para a vila de Lousada. Acontece que muitos cidadãos ucranianos, apesar das suas cidades estarem a ser bombardeadas não querem deixar as suas cidades. É aí que têm as suas memórias, as suas vivências e as suas raízes. Lutaram uma vida para terem as coisas e não querem abandonar”, acrescentou, sustentando que nestas últimas semanas e com o intensificar dos combates houve ucranianos que estão a regressar ao seus país para ajudar as forças militares que estão na linha da frente.

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