A “Bíblio”, Feira do Livro e da Leitura, começou hoje e decorre até ao próximo dia 2 de abril, no espaço da Biblioteca e Arquivo Municipal de Felgueiras, e marcará o regresso presencial das grandes atividades culturais do concelho.
Além das sessões de autógrafos, apresentações de livros, entre outras atividades, o evento cultural irá integrar “Yoga no Jardim, A Magia das Palavras, Aventuras no Parque, Ateliês de Pintura, Bibliopapers e ainda Teatros de Livros”.
Ana Medeiros, vereadora com os pelouros da Cultura, Artes e Património Cultural, em declarações ao Novum Canal, destacou que a edição deste ano volta a integrar uma diversidade de autores, temas e editoras.
“Serão cerca de duas dezenas de autores que passarão pelo certame, sendo que já este sábado a feira irá receber o escritor João Tordo, um grande autor, mas outros virão e quase todos os dias o certame contará com um autor da língua portuguesa e da literatura infantojuvenil”, disse, salientando que além da feira do livro o certame irá integrar atividades lúdicas e pedagógicas.
“O programa é diversificado, para todas as atividades, com as famílias a poderem dispor igualmente de um vasto leque de atividades”, avançou, sustentado que as escolas estão a realizar visitas programadas, com os alunos a visitarem o certame.
“Temos cerca de 150 meninos da parte da manhã e 150 de tarde, mas infelizmente não podemos trazer todas as crianças”, frisou, reforçando que a organização agendou dois fins-de-semana para quem não veio e pretenda vir em família e com os amigos.
A autarca felgueirense avançou que as atividades são gratuitas, esclarecendo que a programa consta do site e das plataformas do município, tendo sido efetuada uma ampla divulgação pelas freguesias do concelho.
“Esperamos que a aderência seja assinalável e que as pessoas possam acorrer a este magnífico espaço cultural, talvez um dos melhores do Norte do país que merece ser conhecido, visitado e utilizado pelos leitores e pelos que queiram beneficiar deste equipamento”, manifestou, reconhecendo que a realização deste certame é também uma oportunidade para os leitores voltarem a ter a possibilidade de estar em contacto direto com os livros e terem a oportunidade de os folhear.
“As tecnologias trazem-nos outros privilégios, outras valências, mas o prazer de ter o livro da mão continua a merecer o destaque e a preferência de muitos leitores que não abdicam do seu contacto e do prazer sensorial de estar na presença de um livro”, confirmou.
Joaquim Sousa, um dos escritores convidados para esta feira do livro, mostrou-se expetante quanto a este certame, assumindo que a feira é também uma oportunidade para dar a conhecer a sua mais recente obra “Prisioneiro”.
“Editei a minha primeira obra em 2020. Sou natural de Esposende, mas estou há 22 anos em Felgueiras e estou a apresentar um livro na terra que me acolheu e onde nasceram as minhas filhas e onde construí família. Trata-se de um livro de poesia que escrevi na minha juventude e mantive-o na gaveta durante mais de 20 anos, tendo anos mais tarde resolvido editá-lo”, confirmou, sustentando estar expetante relativamente à reação dos leitores relativamente ao seu mais recente trabalho.
“Já vendi o livro a algumas pessoas que fazem parte do meu círculo de amigos, mas confesso que, no geral, não sei como é que as pessoas vão reagir. A obra já foi inclusive divulgada por alguma comunicação social”, avançou.