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(C/VÍDEO) “Situação internacional vem abalar algum otimismo que já crescia nos setores chave da região”, afirma presidente do Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa

“Situação internacional vem abalar algum otimismo que já crescia nos setores chave da região”, afirma presidente do Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa

O aumento significativo dos preços dos combustíveis, registado nas últimas semanas, está a ter um aumento nos custos das empresas e no bolso até dos consumidores. O Governo para minimizar estes impactos na economia nacional foi inclusive obrigado a implementar um conjunto de medidas para mitigar a situação.

O presidente do Conselho Empresarial do Tâmega e Sousa, (CETS) Emídio Monteiro, questionado sobre este aumento e as suas eventuais consequências na atividade económica da região, destacou, em declarações ao Novum Canal, que “além de os efeitos da pandemia ainda se sentirem, a nova situação internacional veio abalar algum otimismo que já crescia nos setores chave da região do Tâmega e Sousa”.

“O aumento dos custos produtivos terá sem dúvida impacto no valor final dos produtos e serviços produzidos na nossa economia”, disse, salientando que este aumento dos preços dos combustíveis pode significar o “fim de algumas empresas que já se encontravam em situação frágil e que já operam no seu limite”.

“Já as empresas que continuarem a laborar, e não acionarem o layoff, poderão ter de refletir o acréscimo de custos energéticos nos produtos finais”, frisou.

Emídio Monteiro referiu que é de antever também um “abrandamento do consumo por parte das famílias, que serão forçadas a canalizar uma maior fatia do seu orçamento para os bens de primeira necessidade. Essa situação não será abonatória para as empresas da região, sejam elas da área industrial ou da área do comércio e serviços. É o efeito bola de neve”.

Fotografia: CETS

O responsável pelo CETS confirmou que um dos setores que poderá ser mais afetado é o turismo, “com o qual o CETS se envolve em diversos projetos na região do Tâmega e Sousa”.

“O turismo não é considerado um bem de primeira necessidade e acaba por ficar em segundo plano em fases mais complicadas como esta. E com isso, mais uma vez, todas as empresas vão sofrer”, acrescentou.

Questionado sobre quais as empresas que serão mais afetadas por este aumento, o presidente do CETS assumiu que todas as empresas vão sofrer com este aumento dos custos energéticos, salientando que “esta situação irá conduzir a um aumento generalizado das matérias-primas”.

“É inevitável”, atalhou, sustentando que, no entanto, “há que destacar as empresas da área do transporte, distribuição e a indústria. Serão elas as mais afetadas com estes aumentos”.

Emídio Monteiro defendeu a criação de um teto máximo para o tecido empresarial no que toca aos preços dos combustíveis como uma das medidas para ajudar a mitigar estes sucessivos aumentos.

“É essencial a criação de apoios concretos de combate a este aumento dos preços dos combustíveis, como a título de exemplo a criação de um teto máximo para o tecido empresarial no que toca aos preços dos combustíveis e, claro, a diminuição dos impostos associados a estes produtos”, antevendo que os preços dos combustíveis possam continuar a subir.

“Infelizmente, é a situação mais provável de acontecer, tendo em conta o que se vive no leste da Europa”, afirmou.

Interpelado se considera que o Programa Auto Voucher poderá de alguma forma minimizar este aumento e os custos que cidadãos e até de algumas empresas, o responsável pelo CETS concordou que poderá ajudar a minimizar, mas de uma forma muito leve.

“Pode ajudar a minimizar o impacto desta subida, mas de uma forma muito leve. O que os cidadãos e as empresas esperam e precisam é a efetiva redução do imposto sobre os produtos petrolíferos”, afirmou, sublinhado a necessidade de serem implementadas medidas mais robustas para o setor empresarial que lhe permita fazer face a este aumento galopante dos preços dos combustíveis.

“Sem dúvida alguma. O recente anúncio, por parte do Governo, do lançamento de uma linha de crédito de 400 milhões de euros e do estudo de uma reorientação do PRR pode ser, de facto, positivo, pelos efeitos imediatos. No entanto, é importante monitorizar estas medidas, adaptar, se necessário. E a redução da carga fiscal é deveras essencial”.

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