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Governo destaca que saldo orçamental melhora 2415 milhões de euros por via da retoma da economia

Governo destaca que saldo orçamental melhora 2415 milhões de euros por via da retoma da economia

O saldo das Administrações Públicas em contabilidade pública nos dois primeiros meses do ano melhorou 2415 ME face a 2021, atingindo 1161 milhões de euros.

O gabinete do ministro de Estado e das Finanças destaca, em comunicado, que “em resultado do bom momento da economia e do mercado de trabalho, o crescimento da receita (+18,9%) ultrapassou o da despesa (+0,3%), tendo a despesa primária aumentado 1,1%”.

O mesmo gabinete reforça que a “despesa total com apoios ascendeu a 599 ME, destacando-se os apoios aos rendimentos das famílias (260 ME) em particular associados ao isolamento profilático (116 milhões de euros), subsídio de doença (51 milhões de euros) e apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores (40 milhões de euros).

O Governo reforça que “os apoios às empresas que atingiram 146 ME, em particular no âmbito dos custos com trabalhadores (87 milhões de euros) e custos fixos das empresas ao abrigo dos programas Ativar (33 milhões de euros) e Apoiar (17 milhões de euros), e para o financiamento do setor da Saúde (144 milhões de euros).

O Ministério de Estado e das Finanças reforça que a “receita fiscal cresceu 23,1% face ao mês homólogo, tendo inclusivamente ultrapassado o registado no mesmo período pré-pandemia (fevereiro de 2020), destacando-se a evolução do IVA (+40,1%) e do IRS (+ 6,6%), o que em parte também reflete o alargamento do prazo do pagamento do IVA em fevereiro de 2021”.

O mesmo ministério avança que “as contribuições para a Segurança Social aumentaram 7,9% em resultado da evolução favorável do mercado de trabalho”, sustentando que a “despesa com salários na Administração Central e Segurança Social aumentou 3,4%, refletindo os efeitos dos aumentos salariais e das valorizações remuneratórias com particular impacto nas escolas (+6%) e no Serviço Nacional de Saúde (+4,1%) refletindo o reforço do número de profissionais de saúde que registou um aumento de 0,7% (+1 066 trabalhadores) em termos homólogos”.

A nota à comunicação social esclarece, ainda, que a “despesa do SNS apresenta um crescimento de 6,4% influenciada pelo efeito base de 2021 que incorpora transferências para a Direção-Geral de Saúde para financiamento de vacinas, dispositivos médicos para a vacinação e medicamentos. Excluídas as transferências, a despesa do SNS cresce 8,7% refletindo para além da componente dos salários, as aquisições de bens e serviços (+14,7%) em resultado também do maior volume de testes Covid-19”.

“Na Administração Central e Segurança Social o investimento público cresceu 11,9% excluindo PPP, refletindo sobretudo o plano de investimentos Ferrovia 2020”, acrescenta a nota à comunicação social.

“A despesa realizada pela Segurança Social recuou 2,3% refletindo o menor impacto das medidas extraordinárias de apoio e a redução das prestações de desemprego, reflexo da melhoria do emprego bem como a menor despesa”, alude o Governo que destaca, contudo, o “acréscimo nas prestações sociais excluindo pensões, desemprego e medidas COVID (+10,4%), destacando-se o subsídio por doença (+57,8%) e as prestações de parentalidade (+22,4%)”.

O Governo reforça que os “pagamentos em atraso recuaram 37 milhões de euros.

“Em fevereiro o stock de pagamentos em atraso foi de 454 ME, traduzindo uma redução de 37ME face a igual período homólogo explicada em grande medida pelo contributo da Administração Regional (-21 ME) e das empresas públicas (-11 milhões de euros).

Sobre as contas públicas em contabilidade nacional, a nota à comunicação social reforça que “em 2021, o saldo das Administrações Públicas em contabilidade nacional situou-se em -5 977,1 milhões de euros, tendo-se reduzido de -5,8% para -2,8% do PIB”, sustentando que a “melhoria de 5707 ME face a 2020 reflete a forte recuperação da atividade económica e o bom desempenho do mercado de trabalho. Assim, a melhoria do saldo resulta do efeito do maior crescimento da receita (10%) face à despesa (3%)”.

Já quanto à despesa total do Serviço Nacional de Saúde, a nota dá conta que esta “cresceu 7,1% em 2021”.

“De destacar ainda o forte crescimento do investimento público, de 19%. A despesa com as medidas extraordinárias Covid ascendeu a cerca de 7000 milhões de euros, um crescimento três vezes superior ao orçamentado”, lê-se no comunicado que declara que de acordo com as estimativas hoje divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística, o “saldo corrigido de medidas de emergência representa um excedente de 0,1% do PIB”.

“O Banco de Portugal confirmou ainda a redução histórica da dívida pública em cerca de 8 pontos percentuais do PIB, fixando-se em 127,4% do PIB”, avança o documento.

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