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(C/VÍDEO) Em vésperas de aniversário, presidente do Sport Clube Freamunde aponta sustentabilidade financeira e desportiva como prioridades

Em vésperas de aniversário, presidente do Sport Clube Freamunde aponta sustentabilidade financeira e desportiva como prioridades

Em vésperas de assinalar o 89.º aniversário, o presidente do Sport Clube Freamunde, Hernâni Cardoso, releva a importância da formação freamundense, que milita na Associação de Futebol do Porto, e está a discutir a fase de apuramento de campeão, no contexto da região e da Associação de Futebol do Porto.

“Com este aniversário pretendemos fazer um evento mais intimista, refletir sobre alguns erros que foram cometidos no passado e olhar para o futuro, os desafios com que o clube e a instituição estão confrontados. Necessitamos de ideias e projetos novos para colocar o Freamunde no lugar que este merece estar”, disse, reconhecendo que é um orgulho fazer parte desta instituição.

Em vésperas de aniversário, presidente do Sport Clube Freamunde aponta sustentabilidade financeira e desportiva como prioridades
Fotografia: Sport Clube de Freamunde

“O Freamunde já teve, no seu passado, êxitos, excelentes momentos, mas derivou depois para um retrocesso futebolístico. Quando tinha delineado alguns projetos para fazer face às dificuldades com que o emblema se estava a deparar eis que surgiu a crise sanitária. Recordo-me de no 87.º aniversário tínhamos tudo programado para assinalar essa data, mas, entretanto, fomos confrontados com a Covid-19 e ficamos limitados. No ano seguinte voltamo-nos a deparar com o mesmo problema e este ano felizmente para a comunidade, os associados, para o futebol e para o desporto as coisas parecem estar a ficar melhor e queremos recuperar estes três anos que perdermos e passar a mensagem aos associados que o clube necessita de se revitalizar”, frisou,  reconhecido que o clube é efetivamente um dos clubes com mais projetos, com uma visibilidade crescente que viu recentemente ser-lhe atribuído a certificação como entidade formadora.

Fotografia: Sport Clube de Freamunde

O dirigente realçou que herdou uma situação financeira difícil.

“O clube teve de avançar com dois planos especiais de revitalização, herdamos uma herança quase de três milhões de euros, sem poder contar com o dinheiro de muitos associados que emprestarem dinheiro, mas que infelizmente no curto prazo não temos margem para lhes pagar, quando temos de pagar às Finanças, à Segurança Social e temos de liquidar todas as despesas correntes para o clube estar vivo. Com estes dois plano especiais de revitalização conseguimos acabar com as penhoras. Com esse plano social de revitalização definimos regras, sabemos exatamente o que temos de pagar, a quem e quando. Agora falta a maior de todas as ideias que temos de acoplar ao projeto que é o facto de temos de acreditar nas pessoas porque o futebol é feito de pessoas”, expressou, sustentando que além destas dificuldades financeiras, o clube deparou-se com uma outra situação que foi o facto de ter ficado sem o campo relvado de treinos, tendo o emblema ficado limitado a apenas um campo.

Referindo-se às condições logísticas e materiais do clube, Hernâni Cardoso mostrou-se otimista que a Câmara de Paços de Ferreira irá avançar com a construção de um campo sintético, equipamento que irá dotar o clube de outras condições para a prática desportiva.

“A câmara municipal, no sentido de compensar esses prejuízos, já evidenciou estar disponível para avançar com o sintético e acreditamos que a obra possa avançar, dando assim, condições para os cerca de 400 atletas desenvolverem a sua atividade. Mais importante que o aniversário, para mim era a inauguração do sintético, que iria permitir tirar partido do potencial do clube. Não podemos ficar eternamente à espera de uma coisa que nos faz falta, com perdas irreparáveis e no curto prazo teremos de recuperar esse atraso”, declarou.

Fotografia: Sport Clube de Freamunde

Falando ainda da questão financeira, o responsável pelo Sport Clube de Freamunde  manifestou que o clube está a pagar às Finanças, à Segurança Social, aos credores e a negociar com alguns com o objetivo de reduzir substancialmente a dívida.

“Para manter a grandeza que o Freamunde manteve até agora terá de ter um parceiro de negócios, que terá de dividir com o clube toda esta dinâmica. A cidade de Freamunde é pequena e não aguenta, não temos a massa empresarial que tem Rebordosa, que tem Lordelo ou Lousada, que conta como apoio da câmara municipal. Temos muitas dificuldades e teremos de partir para um situação mais concreta e mais tranquila”, garantiu, confirmando que a sustentabilidade económico-financeira do emblema passa por encontrar esse tal parceiro.

“Se pretendermos manter uma parceria desportiva do nível anterior, do nível Campeonato de Portugal ou mesmo da Liga 3, teremos forçosamente de ter o tal parceiro. Sabendo que a cidade gera por ano 70, 80 ou 100 mil euros de receitas para o emblema e se tivermos que gastar 200 mil euros, não é possível manter este tipo de enquadramento. Para fazer do Freamunde sustentável teremos de ter um parceiro. Não existe outro caminho”, afirmou, garantindo que a curto prazo gostaria de fazer do Freamunde um clube sustentável, rivalizando com a tradição do Capão e das Sebastianas que são, igualmente, duas marcas de referência para os freamundenses.

“É um desafio que eu e a minha direção nos propomos atingir”, confessou.

Abordando a prestação desportiva do Freamunde e uma eventual subida ao Campeonato Nacional, o dirigente assumiu que esse é um desiderato que todos desejariam, mas atendendo à distância pontual que os dois primeiros classificados, Rebordosa e o FC Alpendorada têm, será mais difícil, embora não impossível.

“Para tal acontecer tem de existir um percalço do Rebordosa e do FC Alpendorada. Eles têm de perder dois pontos cada um. Não chega vencer ao Rebordosa e ao Alpendorada. Nos seis jogos que faltam teremos de criar o desafio aos atletas para que consigam vencer todos os encontros. O Freamunde joga bom futebol, tem potencial. Fomos a equipa que menos se reforçou, mas como presidente do clube tenho de pensar na sustentabilidade do emblema. Se queremos dar credibilidade, temos de pensar em todas as variáveis”, afirmou, reconhecendo que os dois empates registados, nesta fase, acabaram por atrasar o Freamunde.

Fotografia: Sport Clube de Freamunde

Sobre a saída do anterior técnico do Sport Clube de Freamunde, Pedro Machado, o dirigente do clube declarou que acabou por imperar o bom-senso, tendo sido conseguido um acordo nas dificuldades.

“Na impossibilidade de fazer os seis pontos que nos manteria, nesta fase, na disputa pela subida, defendi de uma forma tranquila à estrutura do futebol, que teríamos de pensar na próxima época. Foi uma conversa tranquila e colocou-se a possibilidade de alguns jogadores da terra terem mais jogos para na próxima época estarem mais preparados. Em defesa do grupo, o Pedro Machado entendeu que essa não seria a melhor solução, colocou o lugar à disposição e nós aceitamos. Se este tipo de pensamento tivesse sido seguido há mais tempo, porventura, o Freamunde não estaria neste estado”, concretizou, enaltecendo o trabalho realizado por Pedro Machado.

“O Pedro Machado é uma pessoa estimada pelo clube, que já tinha feito um excelente trabalho em prol do emblema, dedicou-se por inteiro, com profissionalismo. O Pedro Machado dedicou-se ao clube de uma forma que não estava à espera. O Pedro Machado de uma forma legítima saiu na altura que era melhor para ele, até para se proteger”, acrescentou.

Quanto ao facto de Carlos Vaqueiro, diretor desportivo do SC Freamunde, ter assumido a liderança da equipa sénior de forma interina, o presidente do Sport Clube de Freamunde realçou que este é uma pessoa que conhece bem os cantos à casa e tem condições para continuar à frente do emblema, assim ele o pretenda.

“Ele é um grande profissional de futebol, tem 30 anos de Freamunde e de primeira divisão. Se há alguém que percebe de futebol é ele. Fazendo um bom trabalho tem todas as condições para continuar à frente do plantel. A ir buscar um treinador, só na eventualidade do Vaqueiro achar que não tem condições, ou que a pressão é muita, ou até mesmo achar que está no limite, mas acho que este é um grande desafio para ele. Só não ficará até ao fim da época se não quiser”, avisou.

Fotografia: Sport Clube de Freamunde

Hernâni Cardoso referiu, ainda, estar empenhado em conferir à formação a dimensão que esta teve no passado, reconhecendo que esta é um veículo para formar homens e atletas e garantir, também, a sustentabilidade desportiva e financeira do emblema.  

“Quando cheguei à formação do Freamunde, esta estava um cãos. Houve um trabalho de dois três elementos, mas  a formação estava a ser sugada. Há cada vez mais concorrentes, mas tendo um campo de treinos e reajustando-nos poderemos voltar a ter a qualidade que já tivemos. Fomos campeões distritais de juniores de segunda divisão, subimos à primeira, e três anos depois, o clube deixou fugir toda a estrutura de jogadores. Não podemos conviver com esses erros. Queremos regressar ao estatuto que tínhamos de longos anos, com estrelas formadas no clube. Tínhamos potencial”, sublinhou, enaltecendo o facto do clube ter uma das maiores massas de associados.

“Se os associados querem um clube grande têm de ter um comportamento de um clube grande nos jogos em casa. Não é possível um clube querer ser grande e nos jogos em casa ter menos adeptos que fora de casa. Temos de dinamizar os pais. Havendo dinheiro há condições e há sucesso”, asseverou.

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