O grupo musical EME – Electoacoustic Music Ensemble vai levar a cabo, na próxima sexta-feira, pelas 19 horas, no museu municipal de Penafiel, um “concerto-instalação apresentando uma recriação artística de música tradicional portuguesa através das tecnologias da música e da técnica de field recording”.
O projeto desta banda consiste em usar “artisticamente a tecnologia musical contemporânea do século XXI, onde se incluem instrumentos acústicos, eletrônicos, microfones, sistemas de difusão sonora e de projeção de vídeo, estúdios, sistemas digitais de edição, gravação e sampling, para criar obra presente, através da recolha e registo do património do passado e usando a tecnologia que o presente futuro nos oferece, como testemunho efetivo de indivíduos do nosso tempo”.
A organização destaca que o “ processo de produção da obra foi desenvolvido através da composição com Field Recording, composição eletroacústica e sonoplastia. Foram feitas recolhas musicais em diversas regiões do País e/ou de paisagens sonoras e audiovisuais que pudessem ser representativas e idiomáticas. A partir daí, fez-se a produção de uma composição distinta, resultando na composição final de um medley com esta matriz: cada região teve uma parte da obra dedicada e produzida pelos performers do Ensemble”.
Foi produzida primeiramente uma “soundscape a partir da composição sonora da Recolha primária em concomitância com a gravação dos instrumentos e setups dos músicos. Esta foi a base de composição coletiva para a improvisação em tempo real na performance final, que é espacializada em cada espaço específico, dando origem a uma nova obra a partir dessa composição interativa com os músicos”, refere a nota informativa que nos foi endereçada.
A nota à imprensa avança que os músicos “Suse Ribeiro, Miquel Bernat, Vítor Rua, Rui Sérgio Rodrigues e Helena Inverno também são de diferentes regiões de Portugal e estiveram no processo desde o início, gravando os seus setups, compondo a sua parte e improvisando coletivamente no processo em residência artística e de várias gravações em estúdio que fazem parte do material que será apresentado publicamente em formato de concerto-instalação”.
Entretanto, foi criada uma editora especialmente para este projeto, a Atmus Editions, que é financiado pelo programa Garantir Cultura. Compete 2020.