XVII Festa Internacional das Camélias decorreu este fim-de-semana em Celorico de Basto. Milhares de visitantes foram ver as rainhas da festa, as camélias.

O presidente da Câmara de Celorico de Basto, José Peixoto Lima, destacou, em declarações ao Novum Canal, que este evento, único no concelho e uma referência na região, marcou a retoma à normalidade, sendo o primeiro evento organizado no período pós-pandemia.

“Este certame foi organizado com o máximo de cuidado e planificação ao longo do mês, começamos por iniciativas com menos pessoas e culminamos com um cortejo que juntou milhares de pessoas. Verifico que Celorico de Basto estava sedento deste tipo de eventos. Claro que a Covid-19 deixou marcas, mas paulatinamente teremos de voltar à normalidade”, disse,, salientando que esta é, também, uma festa internacional.

“Recebemos a visita de um grupo de franceses, uma cidade com quem estamos geminados, tivemos muitos espanhóis, a cidade de Cambados,  esteve presente neste evento com um grupo grande, assim como toda a Galiza. Tal como Portugal, esta região da Galiza tem um apreço pelas camélias. Estamos inclusive a lançar um projeto que pretendemos vê-lo implementado nos próximos anos que tem como meta fazer das camélias um produto de excelência da nossa economia e alavanca para projetar a economia local e o concelho”, frisou.

O chefe do executivo municipal referiu que o município irá celebrar, a curto prazo, um protocolo com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, com, a Escola Profissional de Fermil , com a Cooperartes, Academia de Música de Basto, com o objetivo de juntar conhecimento científico e a criatividade.

“É nosso objetivo transformar este produto, num valor económico”, expressou, relevando também o contributo das associações na realização deste evento.

“Este evento não poderia ter a dimensão e a visibilidade que tem hoje se não contasse com o apoio da comunidade, das associações e instituições”, confirmou, enaltecendo o papel dos comerciantes, dos populares que se associam a este acontecimento único e tão característico.

José Peixoto Lima destacou, também, o facto da situação que se vive na Ucrânia ter estado patente no cortejo.

 “Quando todos já nos preparávamos para ultrapassar uma pandemia, eis que somos confrontados com uma guerra em pleno coração da Europa, que a todos nos atinge e fragiliza. O município tem participado em campanhas de solidariedade e alojamento para que esta comunidade possa auferir de todas as condições”, avançou, sublinhando que temos de contribuir todos para fomentar a paz e a harmonia.

“A guerra não leva a lado nenhum. Só cria dor, maus sentimentos. É com exemplos como este cortejo que queremos dar o nosso contributo para a construção de uma sociedade mais fraterna”, acrescentou.