(C/VÍDEO) Número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 com tendência crescente a nível nacional e em todas as regiões

Número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 com tendência crescente a nível nacional e em todas as regiões

O relatório de monitorização das linhas vermelhas para a Covid-19, de 28 de janeiro deste ano, da Direção-Geral de Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) reforça que “o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 6 496 casos, com tendência crescente a nível nacional e em todas as regiões”.

Segundo o mesmo relatório “no grupo etário com idade superior ou igual a 65 anos, o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 1 980 casos, com tendência crescente a nível nacional”.

O documento refere que o “ R(t) apresenta valor igual ou superior a 1, indicando uma tendência crescente da incidência de infeções por SARS-CoV-2 a nível nacional (1,16) e em todas as regiões. A região centro foi aquela em que se registou o valor mais elevado do R(t) (1,27)”.

Já quanto ao número de casos de Covid-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente, o relatório aponta para “uma tendência estável, correspondendo a 58% (na semana anterior foi de 60%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”.

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Fotografia: DGS

“A nível nacional, a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 18,3% (na semana anterior foi de 15,5%), encontrando-se acima do limiar definido de 4,0% e com tendência crescente. Observou-se um aumento do número de testes, para deteção de SARS-CoV-2, em especial de testes rápidos de antigénio, realizados nos últimos sete dias”, afirma a DGS e o INSA que confirma que a variante Omicron (BA.1) é dominante em Portugal, “tendo atingido uma proporção estimada máxima (~93%) entre os dias 7-9 de janeiro de 2022”.

“ Desde essa data, tem-se verificado um decréscimo da proporção de amostras positivas com “falha” na deteção do gene S (indicador de caso suspeito de BA.1), possívelmente relacionado com a entrada em circulação da linhagem BA.2 (também classificada como Omicron pela OMS). No entanto, a frequência relativa estimada da linhagem BA.2 não tem revelado um aumento acentuado e consistente nas últimas duas semanas”, acrescenta o relatório.

A DGS e o INSA confirmam que a “mortalidade específica por COVID-19 (52,2 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes) apresenta uma tendência crescente. Este valor corresponde a uma classificação do impacto da pandemia como muito elevado”, salientando que “as pessoas com um esquema vacinal completo tiveram um risco de internamento duas a cinco vezes menor do que as pessoas não vacinadas, entre o total de pessoas infetadas em novembro”.

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Fotografia: Câmara de Alijó (foto ilustrativa)

“As pessoas com um esquema vacinal completo tiveram um risco de morte três a seis vezes menor do que as pessoas não vacinadas, entre o total de pessoas infetadas em dezembro. Na população com 80 e mais anos, a dose de reforço reduziu o risco de morte por COVID-19 para quase seis vezes em relação a quem tem o esquema vacinal primário completo”, acrescentam as duas instituições.

A DGS avança, ainda, que a “análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 de intensidade muito elevada, com tendência crescente a nível nacional”, sustentado que a “pressão nos serviços de saúde e o impacto na mortalidade são elevados”.

“ Dado o rápido aumento de casos, mesmo tendo em consideração a provável menor gravidade da doença provocada pela variante Omicron (BA.1), é expectável impacto na sociedade em termos de absentismo escolar e laboral e um aumento de pressão sobre o todo o sistema de saúde e na mortalidade, recomendando-se a manutenção das medidas de proteção individual e a intensificação da vacinação de reforço”, declara a DGS.