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Felgueiras: Analista de crédito diz que foi “despedida após avançar com candidatura” à Caixa Agrícola

Felgueiras: Analista de crédito diz que foi "despedida após avançar com candidatura" à Caixa Agrícola

Susana Faria, analista de crédito, natural de Felgueiras, acusa a Caixa de Crédito Agrícola de Terras do Sousa, Ave, Basto e Tâmega ( CCAM TSABT), com sede em Felgueiras, de a ter despedido, apos ter decidido avançar com uma candidatura aos órgãos sociais da Caixa.

Na sequência deste processo, a candidata avançou com uma providência cautelar, cujo julgamento está agendado para dia 9 de março próximo, invocando alegadas “irregularidades”.

Em comunicado, Susana Faria recorda que “em Agosto, a Comunicação Social divulgou que um grupo de associados da Caixa Agrícola (CCAM TSABT) liderado por Susana Faria iria apresentar uma candidatura aos órgãos sociais da Caixa”. Nessa data, a economista referiu que a “candidatura pretendia ser um projeto alternativo, pela positiva e, assumindo que “não era contra ninguém”.

Susana Faria explica que, à data, o “processo eleitoral mostrou-se conturbado, sofreu alguns atropelos e mereceu críticas e reparos de Susana Faria e de alguns associados, o que originou a apresentação em Tribunal de uma providência cautelar” cujo julgamento está agendado para o próximo dia 9 de março próximo.

Susana Faria recorda que “tem um percurso de 13 anos no desempenho do cargo de analista de crédito nesta instituição bancária”, salientando que “cinco dias após ter sido noticiada a sua intenção de liderar uma equipa com um projeto alternativo para a Caixa, foi notificada com uma 1ª nota de culpa com base na divulgação da sua candidatura junto da comunicação social, iniciando-se o processo disciplinar movido pela sua entidade patronal”.

Fotografia: Susana Faria

A analista de crédito avança que seguiram-se mais duas notas de culpa. para “avolumar o processo disciplinar “, tendo no “dia 23 de setembro de 2021, o Conselho de Administração Executivo informado a analista de crédito, que tinha deliberado “suspender preventivamente das suas funções até à conclusão dos processos disciplinares, impedindo-a, a partir dessa data, de entrar na sede da Caixa, seu local de trabalho”.   

“Mais tarde, recebeu mais uma 4.ª nota de culpa e no 22 de fevereiro foi informada que o processo disciplinar se concluiu com a decisão de “despedimento por justa causa, sem qualquer indemnização ou compensação”, lê-se na nota informativa que nos foi endereçada.

Susana Faria diz, na mesma nota, estar “chocada com a atuação demonstrada pelos órgãos superiores da Caixa, designadamente o seu presidente e qualifica “todo o procedimento de antidemocrático, prepotente e de perseguição, num total desrespeito pelo  trabalho enquanto colaboradora”. Acrescenta ainda que sente “falta de liberdade enquanto associada” para se “candidatar ao órgão superior da Caixa”.

A analista de crédito adiantou, ainda, no comunicado, “que quando transmitiu a sua intenção de se candidatar a alguns dos seus colegas e alguns sócios ouviu de forma repetida a mesma frase:  Assim que se souber da candidatura, vai aparecer um processo disciplinar. Efetivamente estavam certos, acabou por se concretizar o que muitos vaticinaram”. 

Susana Faria afirma que acredita que tem o “apoio de muitos dos seus colegas que nunca se manifestaram publicamente por recearem represálias do Conselho de Administração”.

Fotografia: Susana Faria

A economista confessa, por outro lado, que “provavelmente não teria recebido esta carta de despedimento se tivesse acedido a uma alegada proposta que lhe chegou por interposta pessoa”. 

“Podemos resolver isto: a Susana retira a providência cautelar e o processo disciplinar cai”, afirmou, explicando que “como não acedi a tal proposta, fui despedida”. 

Susana Faria manifesta, ainda, que “esta postura não terá certamente a anuência do regulador, o Banco de Portugal, designadamente no que diz respeito à idoneidade”.

A analista de crédito confirma que “desde o início do processo eleitoral, foram reportadas ao Banco de Portugal todas as situações irregulares, injustas e antidemocráticas”, mas “não obstante já terem decorrido seis meses ainda não há uma resposta final”.

Susana Faria concretiza “que a providência cautelar seguirá os trâmites normais até à decisão final que acredita ser favorável ao grupo de associados contestatários à atual liderança da Caixa.”.

A analista realça que quanto ao seu despedimento, “ irá recorrer ao Tribunal competente para que se reponha a verdade e se acabe com a injustiça” que se diz estar a ser alvo.

Com esta providência cautelar, Susana Faria pretende que o “processo eleitoral volte a ser iniciado cumprindo todas as regras”.

Fotografia: Susana Faria

Susana Faria esclarece, que “não houve tomada de posse dos órgãos sociais que se recandidataram, por aguardarem, por um lado o resultado da providência cautelar e por outro, os nomes não foram aprovados, ainda, pelo regulador Banco de Portugal”.

Instituição refere que a “colaboradora Susana Faria foi despedida por justa causa este mês”.

O Conselho de Administração Executivo da CCAM TSABT destaca, em nota informativa, que ” colaboradora Susana Faria foi despedida por justa causa este mês”.

“A título meramente informativo, saliente-se que a CCAM de TSABT é uma das Caixas mais sólidas do país. Refira-se que tem capitais próprios no montante de 36,9 Milhões de euros e obteve em 2021 um RL de 2.5 Milhões de euros ( posicionando-a entre as 10 primeiras a nível nacional ). A CCAM tem, pois, uma reputação e uma imagem a defender perante os seus clientes/associados e a sociedade em geral. Por isso, optamos por tecer os seguintes comentários, apesar de não pretendermos alimentar notícias que só têm em vista denegrir a instituição”, lê-se na nota que nos endereçaram.

A empresa afirma que a “pessoa que vos contactou e que quer colocar o bom nome da Caixa e dos seus dirigentes em causa ( que tantos anos lutaram pelo engrandecimento da instituição ) irá ser responsabilizada em sede própria, pelas declarações que proferir e pelos danos que causar à instituição”, esclarecendo que a “colaboradora Susana Faria foi despedida por justa causa este mês. Tal ocorrência nada teve a ver com a sua pretensão de candidatura, mas sim com violação dos seus deveres laborais, tornando impossível, na prática, manter a relação laboral”.

A instituição esclarece que as “eleições ocorreram no dia 29/12/2021 (tendo vencido a lista única, dado que mais nenhuma lista foi apresentada); O processo eleitoral respeitou os Estatutos e Regulamento eleitoral da CCAM, no entanto, ainda assim, foi intentada providência cautelar, ainda em curso, pela pretensa candidata”.

Em relação à tomada de posse dos novos membros eleitos, a instituição avança que “estão a decorrer os trâmites habituais burocráticos para que tal aconteça”.

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