O relatório de monitorização das linhas vermelhas para a Covid-19, de 18 de fevereiro, elaborado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA). aponta para uma “tendência decrescente a nível nacional e em todas as regiões”.
“O número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 3 424 casos, com tendência decrescente a nível nacional e em todas as regiões”, avança a DGS na publicação que partilhou no seu site.
De acordo com a autoridade de saúde nacional, “no grupo etário com idade superior ou igual a 65 anos, o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 1 651 casos, com tendência decrescente a nível nacional”.
Já quanto ao R(t), a DGS esclarece que “apresenta valor inferior a 1 a nível nacional (0,74) e em todas as regiões, indicando uma tendência decrescente”, salientando que o “número de pessoas com COVID-19 internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no Continente revelou uma tendência decrescente, correspondendo a 52% (na semana anterior foi de 66%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”.

A nível nacional, a “proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 14,5% (na semana anterior foi de 18,3%), encontrando-se acima do limiar definido de 4,0% e com tendência decrescente. Observou-se uma diminuição do número de testes, para deteção de SARS-CoV-2, realizados nos últimos sete dias”.
“A média móvel de sete dias da proporção de casos confirmados notificados com atraso foi de 2,5% (na semana passada foi de 5,9%), abaixo do limiar de 10%”, acrescenta a DGS e o INSA que sublinham que a “linhagem BA.1 da variante Omicron é dominante em Portugal, registando uma frequência relativa estimada de 71% à data de 17 de fevereiro de 2022, com tendência decrescente”.
“Em contraciclo, a linhagem BA.2 da variante Omicron tem revelado um progressivo aumento de circulação nas últimas semanas, estimando-se uma frequência relativa de 29% à data de 17 de fevereiro de 2022, com tendência crescente”, referem as entidades atrás citadas.
Ainda de acordo com a DGS, a “mortalidade específica por COVID-19 (59,7 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes) apresenta uma tendência estável. Este valor corresponde a uma classificação do impacto da pandemia como muito elevado” que sublinha que os “cidadãos com um esquema vacinal completo tiveram um risco de internamento duas a sete vezes menor do que os cidadãos não vacinados, entre o total de pessoas infetadas em dezembro”.

Já os cidadãos com um esquema vacinal completo tiveram um “risco de morte duas a seis vezes menor do que os não vacinados, entre o total de infetados em janeiro”.
“ Na população com 80 e mais anos, a dose de reforço reduziu o risco de morte por COVID-19 em quase quatro vezes em relação a quem tem o esquema vacinal primário completo”, adianta a DGS que confirma que a “análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 de intensidade muito elevada, com tendência decrescente em todas as regiões”.
A DGS declara, ainda, que “dada a redução da incidência que tem vindo a ser observada, é expetável que a pressão nos serviços de saúde e que o impacto na mortalidade venham a decrescer nas próximas semanas, devendo manter-se a vigilância da situação epidemiológica e recomendando-se a manutenção das medidas de proteção individual e a vacinação de reforço”.