O presidente da Câmara de Paredes, Alexandre Almeida, e demais vereadores que integram o executivo municipal, estiveram esta segunda-feira de manhã, na Antiga Adega Cooperativa de Paredes, futuro auditório e centro de congressos, numa visita que teve como objetivo assinalar o arranque dos trabalhos.
“Tal como o Multiusos, entendemos que o novo auditório municipal e centro de congressos de Paredes são obras estruturantes para o concelho. O concelho tem tido uma atividade cultural intensa, queremos intensificar ainda mais, existem grupos de teatro, conservatórios de música e de dança que poderiam ter uma outra alavancagem se tivessem um outro espaço com melhores condições para o exercício da sua atividade”, disse, salientando que o concelho dispoe apenas de um auditório para cerca de 150 pessoas.
“Com as limitações que o Covid-19 tem apresentado, por vezes, temos dificuldades em realizar aí eventos, mas este será um auditório para mais de 500 pessoas, com um centro de congressos ao lado, o que vai permitir uma versatilidade maior para a realização de quaisquer tipo de eventos culturais. Não temos dúvidas que os conservatórios de música, os grupos de teatro, vão beneficiar muito deste equipamento, funcionando, ao mesmo tempo, como um polo de atração ao concelho”, disse, salientando que o investimento realizado é de cerca de seis milhões e duzentos mil euros e tem uma comparticipação aos fundos comunitários na ordem dos quatro milhões de euros.
Falando da capacidade do auditório, o chefe do executivo afirmou que terá capacidade para cerca de 510 pessoas, desenvolve-se em cerca de 500 metros quadrados de área de implantação, integrando o auditório de uma boca de cena para qualquer tipo de espetáculo, com o palco a ter uma altura de cerca de nove metros.

O autarca paredense informou que este equipamento irá integrar um restaurante panorâmico que irá estar aberto todo o ano.
“O edifício onde se desenrola o palco, desde a sua base até ao topo, tem cerca de 30 metros, pelo que será o edifício mais alto do concelho de Paredes. Ao lado irá funcionar o Centro de Congressos que terá todas as condições para qualquer tipo de evento, com mil metros quadrados de área, com uma altura de onze metros de pé direito”, avançou, sublinhando que a obra inicia esta segunda-feira, sendo que a expetativa é que a intervenção fique concluída em junho de 2023.
“Estamos a falar de uma obra faseada em termos de programação de trabalho, mas a obra irá iniciar e não para mais até junho de 2023. Será faseada porque há uma parte de demolição, estamos a falar de um espaço que era uma Adega Cooperativa, que tem cubas no seu interior em betão, que têm de ser demolidas. A parte metálica e as demolições poderão demorar cerca de três meses e logo de seguida inicia a construção propriamente dita que tem uma parte de betão significativa”, manifestou.
O responsável pelo executivo municipal avançou, ainda, que o concelho integra instituições culturais capazes e suficientes para durante um ano garantir a programação destes equipamentos.
“Dispomos de grupos de teatro que têm participado no “Paredes no Palco”, o Conservatório de Música que está ansioso por conseguir usufruir deste espaço, o Conservatório de Dança, a mesma coisa, o grupo de teatro Astro Fingido que tem tido uma atividade cultural significativa e que também anseia por um espaço com estas dimensões e a própria autarquia irá trazer para Paredes uma série de eventos culturais, pelo que a atividade será constante e diária”, observou, sustentando que existem empresas no concelho que, por vezes, necessitam de espaços para promover mostras que vão poder usufruir destes equipamentos, o mesmo acontecendo com instituições escolares que têm ido para a Exponor e para Santa Maria da Feira, realizarem eventos, como as festas de final de ano, e vão poder usufruir deste serviço.

Questionado sobre a construção em Penafiel, também, de um espaço cultural de grandes dimensões, o autarca paredense avançou não conhecer o equipamento cultural em causa.
“Não conheço o espaço de Penafiel, conheço bem o nosso equipamento e não tenho dúvidas nenhumas que alguns dos eventos que se fazem na Casa da Música e que transitam para Guimarães poderão passar por Paredes. Estamos a fazer um auditório que fica a 500 metros do nó da autoestrada e juntando este equipamento ao centro de congressos, Paredes irá ficar com duas estruturas de referência e muito aproveitadas no Vale do Sousa”, atalhou, reiterando que os empresários do mobiliário poderão usufruir de um espaço de excelência para fazerem, por exemplo, showrooms de mobiliário ou proporcionar eventos culturais para os seus potenciais clientes.
“Esta irá ser a obra maior deste mandato, mas não será esta a obra que nos vai tomar mais tempo neste mandato. As duas obras que nos irão tomar mais tempo serão a água e o saneamento e a habitação social”, acrescentou.
