A ministra da Saúde destacou, esta sexta-feira, no âmbito da inauguração da Unidade de Hemodiálise de Agudos e da nova área de Consultas e Exames de Pneumologia, Hospital Padre Américo, que quem tem condições para fazer a terceira dose deve fazê-lo.
A governante assumiu existirem condições para o processo de vacinação em curso continuar a ser desenvolvido com a eficácia e eficiência que tem tido e fez um apelo às autarquias e juntas de freguesia para que a par dos demais agentes a nível nacional, continuem a dar o seu contributo para que o processo em curso continue com a eficácia desejável.
“Há um ano quando optamos pela criação da Task Force estávamos perante um cenário novo, de vacinação massiva, num tempo que teria de ser curto, não tínhamos ainda vacinas. Os esquemas de vacinação era complexos e foi de grande utilidade trabalharmos com o apoio da Task Force e da DGS. Passamos a outra fase, dispomos de um núcleo de vacinação que é gerido com a participação de gente do Ministério de Defesa, os militares, apoiada pela DGS, o Infarmed, entre outros atores. Face a este momento em que nos encontramos, é vital congregar o apoio das juntas de freguesias, das autarquias. Acho que existem condições para fazermos um bom desempenho e que para garantir que todos os que são elegíveis, um intervalo 180 dias após a vacinação completa, façam o reforço. Contamos que 60% vacinada população, com mais de 65 anos, a 20 de dezembro esteja já vacinada com a vacina do reforço. Existem ainda os outros 30% da população e outros desafios. Estamos cá para responder”, disse. assumindo manter uma relação com o vice-almirante Gouveia e Melo.
“O tempo tem várias fases, continuamos a trabalhar em conjunto, devemos muito ao almirante, mas existem novas fases e essencialmente esta é uma responsabilidade da adesão das pessoas à vacinação. Esta faixa etária (os maiores de 65 anos) é uma faixa muito mais complexa, existem dificuldades de mobilização e outras e precisamos de recuperar tempo”, confirmou.
Marta Temido realçou que esta é uma fase de forte intensidade de trabalho em muitos pontos do sistema de saúde, salientando que existem instruções para que os reforços de recursos humanos sejam feitos.
“Temos de mobilizar outros mecanismos. Ao contrário de outros países que aboliram medidas não farmacológicas, a perspetiva do governo foi manter algumas dessas medidas. Procuramos ter medidas de contenção para além das vacinas. Este é um vírus novo, com países, como a Alemanha, a estarem sob vagas evidentes. Temos de fazer a nossa parte, responder com eficácia e a melhor forma é que quem tem condições para fazer a terceira dose deve fazê-la. O vírus está intenso e está a circular”, atalhou, sustentando que Portugal tem sido mais proactivo que reativo.
“Estudamos e divulgamos as variantes em circulação, as cadeias de circulação para perceber o que se está a passar. As temperaturas frias vão-nos desajudar ainda mais. Está tudo nas nossas mãos. Se não formos surpreendidos por mais nenhuma variante e fizermos o que está ao nosso alcance estaremos mais protegidos. No contexto português, queremos apelar ao cumprimento das regras e à vacinação da população elegível já, o quanto antes, para estarmos protegidos contra a gripe, a Covid-19, mas existem outras doenças. Desde o início desta pandemia que os cenários têm de estar todos em aberto. Vai haver momentos de constrangimentos no acesso à vacinação, vamos ter agendamentos locais e para a semana vai ser uma semana de pressão”, confirmou.