“Resistência ou resiliência: saúde e bem-estar na escola, em tempos de pandemia” foi o lema das VII Jornadas da Educação que decorreram em Lousada, numa iniciativa organizada pelo município e o CFAE.
Citado em comunicado, o presidente da Câmara de Lousada, Pedro Machado, na sessão de abertura das Jornadas da Educação, destacou que a educação vai continuar a ser uma das prioridades do município, tendo relevado o pape, das direções dos agrupamentos de escolas, dos docentes ao pessoal não docente e dos alunos pelo trabalho desenvolvido para ultrapassar a pandemia.
“A educação vai continuar a ser uma aposta do município e, nesse sentido, vão ser efetuadas intervenções nas EB2,3 de Caíde de Rei, em Lustosa e em Nevogilde. Entendemos que aquilo que estava previsto no Quadro Comunitário de Apoio era insuficiente para as necessidades existentes. Por isso, foram alocados recursos próprios da Câmara, traduzidos num investimento de um milhão e meio de euros. Agora, aguarda-se uma reprogramação de financiamentos, de modo a que Lousada seja auxiliada pelo Ministério da Educação”, afirmou o chefe do executivo municipal.
O presidente da câmara destacou ainda as intervenções em 15 infraestruturas de jardins de infância e escolas do 1.º ciclo, em que a autarquia vai investir 6,5 milhões de euros “para que não haja escolas de primeira e de segunda”.
Ainda no âmbito do investimento feito na área da Educação, Pedro Machado esclareceu que “foram admitidos 22 assistentes operacionais, estando previsto, a curto prazo, mais 12 lugares”.
O diretor-geral dos Estabelecimentos Escolares, João Gonçalves, afirmou que “este regresso à escola é um momento de esperança, porque vão ser dados passos para conviver melhor com a pandemia e voltarmos a ter uma vida semelhante à que tínhamos. Somos todos essenciais na vida das crianças e jovens, a quem temos de ajudar diariamente a serem atores da construção do país”.
Os trabalhos abriram com a palestra “Resistência ou resiliência: Saúde e bem-estar na escola, em tempos de pandemia”, tendo como orador o jornalista Luís Osório, a que se seguiu a intervenção da de Neuza Pedro, docente no Instituto de Educação, da Universidade de Lisboa, que falou acerca de “Tecnologias na Educação: resistências e oportunidades”.
A manhã terminou com a comunicação de José Verdasca, professor na Universidade de Évora e Coordenador Nacional do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, que apresentou “Resistência ou resiliência?”
Durante a tarde realizaram-se diversas Oficinas Temáticas, com temas como “Lousada Geológico”, “Promoção da literatura emergente na educação pré-escolar” e “Sistemas agroflorestais como modelos de sustentabilidade”. “Aprender a ser feliz: a inteligência emocional”, “Literatura e cinema”, “Educação inclusiva: musicoterapia”, “Cinema de animação: um formato pedagógico”,
As oficinas temáticas integram, ainda, a discussão dos temas “Orientação: o desporto da floresta” e “Oficina de Encadernação Manual”.
O segundo dia de Jornadas da Educação ficaram marcados pela intervenção de Paulo Guerra, juiz Desembargador no Tribunal da Relação de Coimbra, que focou a sua intervenção no tema “A visibilidade dos Direitos Humanos da criança”.
Daniela Leal, psicóloga e investigadora na Universidade do Porto versou sobre “Um ensino inclusivo é um ensino diverso: Questões LGBTI+ na Escola”, tendo as jornadas da educação terminado com o tema “Ser Professor: realidades e olhares “ de Rui Trindade, professor e investigador da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto e Presidente do Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua, do Ministério da Educação.
O encerramento das jornadas esteve a cargo do vereador da Educação da Câmara Municipal de Lousada, António Augusto Silva.
O evento contou com o apoio da CIM-Tâmega e Sousa, no âmbito do seu Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar (PIICIE) e em articulação com os órgãos de direção dos quatro Agrupamentos de Escolas deste Concelho e de várias personalidades do mundo académico.