O Conselho de Ministros aprovou, esta sexta-feira, por via eletrónica, o decreto que declara luto nacional nos dias 11, 12 e 13 de setembro em homenagem ao ex-Presidente da República, Jorge Sampaio, decretando cerimónias fúnebres de Estado.
O Conselho de Ministros esclarece que “Jorge Sampaio foi uma personalidade incontornável da vida política portuguesa. Ainda estudante, participou na oposição à ditadura do Estado Novo, tendo sido um dos líderes da crise académica de 1962”.
“Como cidadão e advogado defendeu vários presos políticos e prosseguiu a luta pela instauração da democracia em Portugal”, acrescenta o comunicado que reforça que o ex-chefe de Estado “depois do 25 de Abril, foi membro do Governo, deputado e líder parlamentar, assim como presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Foi ainda secretário-geral do Partido Socialista”.
O Conselho de Ministros relembra que Jorge Sampaio foi “Presidente da República entre 1996 e 2006, tendo posteriormente assumido elevadas responsabilidades internacionais, entre as quais as de representante do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações e de Enviado Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Luta Contra a Tuberculose”.
O mesmo comunicado recorda que o ex-presidente da República dedicou uma “especial atenção a múltiplas causas cívicas e humanitárias, delas se destacando a fundação da Plataforma Global de Apoio aos Estudantes Sírios. Nas suas funções profissionais, cívicas, partidárias e institucionais, Jorge Sampaio sempre se distinguiu pela profunda cultura democrática, a sensibilidade social, o humanismo, o sentido ético, o serviço público, o constante compromisso com Portugal e com todos os Portugueses. Foi também um firme defensor da construção europeia, do multilateralismo e da cooperação internacional”.
“O falecimento de Jorge Sampaio constitui uma enorme perda para o nosso país. Teve sempre um olhar de futuro com desassombro e determinação, procurando sempre encontrar uma solução para os problemas numa clara perspetiva de sustentabilidade e durabilidade. A sua vida é uma lição para todos, uma referência moral e cívica que o tempo não apagará e que nos cabe a todos manter viva”, avança o comunicado.