A Casa das Artes de Felgueiras acolheu, na passada sexta-feira, dia 10, a segunda reunião da Comissão de Acompanhamento do projeto “Valorização Cultural e Turística do Caminho de Santiago – Caminho de Torres”, liderado pela CIM do Tâmega e Sousa, em parceria com as Comunidades Intermunicipais do Alto Minho, do Ave, do Cávado e do Douro, e cuja Comissão de Acompanhamento integra 34 entidades portuguesas e espanholas.
A reunião teve como ponto principal da agenda de trabalhos a preparação do dossier para apresentar a candidatura à certificação do Caminho de Torres como itinerário do Caminho de Santiago.
A CIM Tâmega e Sousa destaca, em comunicado, que a “obtenção desta certificação traduz-se no reconhecimento do cumprimento de um conjunto de critérios que visam garantir, entre outros, a autenticidade do itinerário, o seu caráter ininterrupto no território e no tempo, uma gestão responsável e de valorização da oferta, uma maior segurança, conforto e melhor experiência do peregrino, promovendo-se também a ligação às comunidades locais e a testemunhos de interesse”.
A CIM reforça que a sua certificação vai permitir “aumentar o número de visitantes nos sítios e atrações culturais ou naturais associados ao Caminho de Torres, bem como contribuir para a valorização da identidade cultural das regiões envolvidas no projeto”, sustentado que “em Portugal, a certificação é feita pela Direção-Geral do Património Cultural, no quadro do Decreto-Lei n.º 51/2019, de 17 de abril de 2019, que regula a valorização e promoção do Caminho de Santiago, através da certificação dos seus itinerários”.
A CIM Tâmega e Sousa salienta que o “dossier da candidatura do Caminho de Torres será elaborado pelo assessor científico do projeto “Valorização Cultural e Turística do Caminho de Santiago – Caminho de Torres” autor do livro Caminho de Torres. História de um Caminho. Um Caminho na História, Paulo Almeida Fernandes”.
A comunidade intermunicipal declara que “o Caminho de Torres, que liga Salamanca a Santiago de Compostela, em Espanha, é um dos quatro itinerários jacobeus estruturados em Portugal (Caminho da Costa, Caminho do Interior, Caminho Central, Caminho de Torres), atravessando três concelhos da Região Centro (Almeida, Pinhel e Trancoso) e 15 da Região Norte – Sernancelhe, Moimenta da Beira, Tarouca, Lamego, Peso da Régua e Mesão Frio (que integram a CIM do Douro), Baião, Amarante e Felgueiras (que integram a CIM do Tâmega e Sousa), Guimarães (que integra a CIM do Ave), Braga e Vila Verde (que integram a CIM do Cávado), Ponte de Lima, Paredes de Coura e Valença do Minho (que integram a CIM do Alto Minho)”.
“Liderado pela CIM do Tâmega e Sousa, em parceria com as Comunidades Intermunicipais do Alto Minho, do Ave, do Cávado e do Douro, o projeto “Valorização Cultural e Turística do Caminho de Santiago – Caminho de Torres” tem como objetivos proceder ao levantamento, do ponto de vista histórico e geográfico, à intervenção e à valorização de parte do traçado do Caminho de Torres, ou seja, os cerca de 230 quilómetros correspondentes à extensão do território de influência das cinco Comunidades Intermunicipais parceiras”, lê-se no comunicado que foi enviado à comunicação social.
Ainda de acordo com a CIM Tâmega e Sousa integram a Comissão de Acompanhamento os representantes da “Direção-Geral do Património Cultural, do Turismo de Portugal, da Comissão Nacional da UNESCO, do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja, da Obra Nacional da Pastoral do Turismo, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Galicia-Norte de Portugal”.
A Comissão de Acompanhamento é, ainda, constituída pelo “Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, da Direção Regional de Cultura do Norte, da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, da Federação Europeia do Caminho de Santiago, da Sociedad Anónima de Xestión do Plan Xacobeo, do Comité Internacional de Peritos do Caminho de Santiago, das Comunidades Intermunicipais do Alto Minho, do Ave, do Cávado, do Douro e do Tâmega e Sousa”.
Integram, também, esta estrutura as câmaras municipais de “Amarante, Baião, Braga, Felgueiras, Guimarães, Lamego, Mesão Frio, Moimenta da Beira, Paredes de Coura, Peso da Régua, Ponte de Lima, Sernancelhe, Tarouca, Valença do Minho e Vila Verde”.
O projeto “Valorização Cultural e Turística do Caminho de Santiago – Caminho de Torres” é cofinanciado pelo Norte 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.