Guimarães acolhe, nos próximos dias 10 e 11 de setembro, no relvado do jardim do Centro Cultural Vila Flor, o Festival Manta naquela que será a sua 14.ª edição, a “realizar após o interregno do ano passado induzido pela situação sanitária”.
A organização destaca que esta é uma oportunidade para assistir às mais recentes criações de “Sílvia Pérez Cruz e Mallu Magalhães, bem como o coletivo formado por Afonso Cabral, Francisca Cortesão, Inês Sousa e Sérgio Nascimento com um projeto inédito dedicado aos mais novos, num retrato inspirador da força da música de autor e as constantes surpresas que ela nos revela. Todos os concertos são de entrada gratuita e até ao limite da lotação do espaço”.
A Oficina, cooperativa cultural vimaranese, destaca que os “vértices do Manta – artistas, público, natureza, arquiteturas, cidade histórica no horizonte – resultam novamente numa receita de fruição e descontração que nos faz entrar na nova temporada cultural embalados pela música ao ar livre, marcando, no início de setembro, a rentrée do Centro Cultural Vila Flor (CCVF) e da programação cultural d’A Oficina, em Guimarães”.
Assim, no dia 10 de setembro, sexta-feira, a partir das 21h30, os jardins do CCVF são “banhados pela voz e guitarras da artista espanhola Sílvia Pérez Cruz, que aqui se apresenta na companhia do contrabaixo de Bori Albero e do violino de Carlos Monfort”.
“A cantora, compositora e atriz apresenta-se assim em trio para abrir a edição de 2021 do Manta. Na bagagem traz o mais recente projeto, “Farsa (género impossível)”, um disco que criou a partir de conversas com outras disciplinas artísticas como o teatro, o cinema, a dança, a poesia, a pintura ou o cinema de animação e que responde à inquietação da artista sobre a dualidade do que se mostra e o que realmente somos, nestes tempos em que o superficial é tão arrasador que o que se vê pode chegar a confundir-se com o que se escuta”, refere a organização, salientando que “artisticamente multifacetada, Sílvia interessou-se desde bem jovem em ampliar as suas valências explorando disciplinas como a arte do solfejo, piano clássico, saxofone clássico, formando-se mais tarde em canto-jazz. E aqui, vamos recebê-la em trio num formato intimista, mais clássica e acústica, com um discurso mais direto e emocionante. Classicismo e modernidade na voz e canções de uma artista imperiosa, plena e singular”.
No dia 11 realizam-se dois concertos, pelas 15h30, os “músicos Afonso Cabral, Francisca Cortesão, Inês Sousa e Sérgio Nascimento apresentam-se bem equipados com os seus instrumentos e o seu talento para um concerto que é também uma viagem especial e espacial dedicada aos mais novos que contará com os comentários da autora Isabel Minhós Martins”.
O derradeiro concerto desta 14.ª edição do Manta decorre no palco e o jardim do CCVF a partir das 21h30 com “Mallu Magalhães, que regressa aqui aos palcos com “Esperança”, o seu quinto álbum de estúdio, gravado ainda antes de pandemia, que vê finalmente a luz do dia numa altura em que a maturidade atingida e a plenitude na composição fazem de Mallu Magalhães um dos talentos mais seguros do universo da música popular brasileira”.
“Cantora, compositora, instrumentista e produtora, Mallu possui uma carreira musical consolidada, também espelhada na ascensão internacional registada na última década. Produzido por Mario Caldato Jr., reputado produtor de nomes como Beastie Boys e Jack Johnson, o seu novo disco “Esperança” é composto por 12 novos temas escritos em português, espanhol e inglês, que atravessam todas as referências de Mallu Magalhães, do jazz, blues e tropicália ao surf rock. Após a sua passagem por Guimarães com o projeto Banda do Mar, apresentado em 2015 no CCVF, surge agora a oportunidade de rever Mallu ao vivo e conhecer, em primeira mão, a sua “Esperança” que será também nossa”, lê-se na nota informativa que salienta que todos os “concertos têm entrada gratuita, até ao limite da lotação do espaço, e são dirigidos a maiores de seis anos de idade”.