O Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, assinala o seu 16.º aniversário com Please Please Please, espetáculo da autoria do galardoado trio que aqui cruza a dança com o teatro para refletir sobre o destino do nosso mundo
A Oficina – cooperativa cultural vimaranense destaca, em comunicado, este espetáculo resulta da colaboração entre a “coreógrafa francesa Mathilde Monnier, a coreógrafa hispano-suíça La Ribot e o encenador português Tiago Rodrigues”.
“Criado antes da pandemia, Please Please Please propõe uma reflexão sobre um mundo que pode estar à beira da catástrofe. Depois de grande parte da sua digressão europeia ter sido suspensa devido à Covid-19, o espetáculo sobe ao palco do CCVF com redobrada pertinência. Numa jornada de tirar o fôlego, os corpos e vozes de Mathilde Monnier e La Ribot dialogam sobre a evolução do mundo e uma possível e lenta extinção do planeta. Este espetáculo é apresentado às 19h30 no Grande Auditório do CCVF e a entrada é gratuita, até ao limite da presente lotação da sala”, refere A Oficina.
“O multifacetado e galardoado trio responsável pela criação desta obra que cruza a dança com o teatro propõe-nos em palco um mundo que pode estar à beira da catástrofe ou ser já o que resta de um grande desastre mundial”, lê-se na nota informativa que nos foi endereçada.
“Um mundo em que duas mulheres se dirigem aos seus filhos e filhas, com uma mensagem para as futuras gerações, uma mensagem do presente que é enviada no tempo, um diálogo sobre o mundo que está por vir, exprimindo através da voz e do corpo aquilo que fizemos e não fizemos para preservar este mundo, para que as abelhas e os ursos vivam, para que um desastre não aconteça, para continuar a acreditar, para esperar”, acrescenta a mesma nota.
Em Please Please Please, a “ligação das manifestações coreográficas de Mathilde Monnier e de La Ribot com a imaginação, experiências e aspirações dos textos de Tiago Rodrigues questiona e indaga sobre os mundos, sociedades e histórias que iremos deixar às futuras gerações e que imagens e caminhos de esperança dividem as mesmas, gerando uma empolgante viagem onde a reflexão e o fantástico têm lugar marcado e em que as coreógrafas e bailarinas em palco dão formas à matéria textual das histórias face a um destino fatídico e frágil que se agiganta a cada passo”.
“Da autoria de La Ribot, Mathilde Monnier e Tiago Rodrigues e com as duas primeiras a assumirem também a responsabilidade da interpretação e dos figurinos, Please, Please, Please conta com cenografia de Annie Tolleter e música de Nicolas Houssin e Béla Bartók (excertos), sendo o resultado do trabalho desenvolvido por uma extensa equipa”, lê-se na nota à comunicação social que declara que “esta ampla coprodução é dirigida a maiores de 12 anos de idade e a entrada para assistir ao espetáculo é gratuita, até ao limite da lotação da sala, sendo possível realizar a reserva antecipada de bilhetes (máximo de 2 por pessoa) através do e-mail bilheteira@aoficina.pt ou do telefone 253424700. O levantamento presencial de bilhetes é possível a partir das 16h30 do dia do espetáculo, na bilheteira do CCVF, mediante disponibilidade de lotação no período de abertura da bilheteira (16h30 – 21h30)”.
“As reservas antecipadas não levantadas até 30 minutos antes do início do espetáculo serão automaticamente canceladas, abrindo disponibilidade para demais público interessado levantar ingressos para o mesmo”, reforça a organização que sublinha que o “ Centro Cultural Vila Flor. Um espaço que já foi e é casa de milhares de artistas e centenas de espetáculos, entre variadas outras iniciativas culturais, nas quais se incluem os momentos em que foi epicentro da Capital Europeia da Cultura em 2012”.
“Gerido e programado pela cooperativa vimaranense A Oficina desde o seu surgimento, em 2005, aqui é apresentada desde então uma programação regular no domínio das artes do espetáculo – contemporânea, internacional e com um foco na nova criação –, sendo igualmente espaço (composto por dois auditórios, um café concerto e elogiados jardins que dão vida ao Palácio Vila Flor, edifício do século XVIII) para festivais como GUIdance, Westway LAB, Festivais Gil Vicente, Manta, Guimarães Jazz, os quais são organizados pela referida cooperativa que assume a responsabilidade de os levar a cabo numa natureza de ação designada de serviço público, onde também cabem numerosas coproduções artísticas a cada ano, cumprindo as várias faces da sua dedicação às artes e à cultura, com crescente amplitude, diversificação e continuidade”, sublinha A Oficina que confirma que “16 anos percorridos, imensas continuam a ser as possibilidades geradas neste equipamento cultural vivo, de âmbito geográfico regional, nacional e internacional, pronto a continuar a receber público e artistas numa simbiose que se adivinha auspiciosa e geradora de uma sociedade mais forte e melhor para todos”.