350 agregados familiares, correspondentes a cerca de 800 pessoas, vão ser beneficiados no âmbito da Estratégia Local de Habitação de Paços de Ferreira, ao abrigo do programa 1.º direito, cujo acordo de cooperação foi assinado, esta sexta-feira, ao final da manhã, entre a autarquia pacense e Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).
O presidente da Câmara de Paços de Ferreira, Humberto Brito, referiu, em declarações ao Novum Canal, que o concelho encontra-se entre os primeiros 50 municípios que assinaram esta estratégia, sendo que há mais de três meses que tem os projetos para avançar com as obras.
“Estamos a contribuir para que este combate à pobreza, à exclusão e à marginalização possa ser concretizado e seja uma tarefa realista. Pretendemos que seja possível debelar essas vulnerabilidades que ainda existem no setor da habitação junto das famílias mais carenciadas. É isso que estamos a fazer e estamos a consegui-lo, felizmente”, disse.
O autarca assumiu que o acordo de cooperação prevê um investimento que ultrapassa os 16 milhões de euros que será financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Será financiado a 100% porque o município dispõe de condições para estar nas 26 mil habitações a serem primeiramente intervencionadas. Como disse temos os projetos em andamento e queremos que esta intervenção seja feita no mais curto espaço de tempo”, frisou, relembrando que todo este processo tem subjacente o trabalho dos técnicos da câmara municipal, mas também da responsável do gabinete de apoio à vereação, Mónica Cardoso, e do vereador, Júlio Morais, que na altura tinha o pelouro.
“Estamos a falar de pessoas que tiveram um papel determinante na elaboração da Estratégia Local de Habitação de Paços de Ferreira e nos instrumentos que é necessário criar para implementar esta estratégia no terreno e é isso que estamos a fazer”, afiançou.
O chefe do executivo mostrou-se expectante que no início do próximo anos estas ações possam estar já no terreno e entrar em obras nas habitações.
Falando da construção de 120 novos apartamentos para arrendamento acessível, o responsável pelo executivo municipal, avançou que o acordo era para ser assinado, esta sexta-feira, mas contingências de última hora, por parte do IHRU, inviabilizaram a sua assinatura.
“O dossier está preparado, está devidamente fundamentado e neste momento, apenas carece, das formalidades do investimento financeiro que vai ser feito. Serão 120 novos apartamentos que serão construídos no nosso concelho para dar resposta a uma parte da população que tem dificuldades de encontrar respostas habitacionais no mercado, no arrendamento. Estamos a falar de um arrendamento acessível e é para essa tipologia que estamos a responder. Não estamos a falar de habitação social”, disse, salientando que este é um tipo de habitação direcionado para famílias jovens que será colocado no mercado a preços inferiores ao que são praticados atualmente.
“É uma resposta que identificamos e mais uma vez estamos a dar um contributo para a comunidade”, declarou, relevando o papel dos atores e vários agentes que participaram no levantamento das necessidades existentes nesta primeira fase.
“Se, entretanto, for necessário construir mais na área do arrendamento acessível, cá estaremos para o fazer. Neste momento, estes 120 apartamentos serão construídos. Só falta mesmo formalizar o protocolo”, concretizou.
O autarca manifestou, ainda, que, o município, em função das necessidades habitacionais das pessoas e dos agregados de Paços de Ferreira vai promover a “reabilitação de frações ou de prédios habitacionais; construção de prédios ou empreendimentos habitacionais e aquisição de frações ou prédios para destinar a habitação”, assim como a “aquisição de terrenos destinados à construção de prédio ou de empreendimento habitacional”.
O acordo de colaboração no âmbito do programa 1.º Direito – Estratégia Local de Habitação foi assinado na Rua das Escolas Novas, junto ao Complexo Habitacional de Modelos.