O projeto Lousada Guarda RIOS, uma iniciativa do pelouro do ambiente da Câmara de Lousada, arrecadou o primeiro prémio de Boas Práticas, (Prémio Guarda-Rios), uma iniciativa promovida pelo GEOTA, Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente, instituição que tem como objetivos a defesa do ambiente de âmbito nacional.

O projeto Lousada Guarda RIOS, do município de Lousada, obteve “39,2% dos votos de boas práticas, correspondentes a 772 votos”.

Refira-se que o “Lousada Guarda RIOS” nasce no “âmbito da estratégia municipal para a conservação da natureza e educação ambiental, determinante no ordenamento e na valorização do território lousadense”.

A autarquia destaca que “os rios são os sistemas naturais mais utilizados pelo Homem e têm sofrido pressões intensas através, por exemplo, da construção de barragens, extração desregrada de água, poluição de origem industrial e doméstica, introdução de espécies exóticas, práticas agrícolas que levam à destruição de habitats, e eutrofização das águas”.

O município realça que “Lousada é um concelho beneficiado pela natureza e, para além dos dois rios principais, Sousa e Mezio, são vários os cursos de água de alto valor ecológico que serpenteiam por todo o território, irrigando a agricultura e promovendo espaços de lazer e de desenvolvimento social”.

O projeto, segundo a autarquia, “pretende envolver as comunidades locais e trabalhar em parceria, num programa de inspeção e monitorização do estado ecológico dos rios e ribeiras de Lousada, através da adoção de troços de rio ou ribeira e da participação em ações de limpeza e melhoria ambiental, como seja a remoção de plantas invasoras ou infestantes e a plantação de árvores”.

No âmbito deste projeto “os participantes serão convidados a formar patrulhas “Guarda RIOS” e vão receber formação sobre ecologia, boas práticas ambientais e voluntariado, tornando-se “embaixadores” do projeto e da boa conduta ambiental”.

Desde o início do projeto, já foram caracterizados mais de “52 quilómetros de linhas de água, tendo sido disponibilizados 123 troços de 250 metros para adoção e monitorização regular por voluntários, organizados em Patrulhas Guarda Rios”, avança a autarquia que reforça que após receberem uma formação específica, os “voluntários já adotaram 59 troços, sendo regularmente monitorizados mais de 14 quilómetros de rio ou ribeira”.

O município esclarece que “com o apoio dos voluntários foi também possível retirar mais de 15 mil litros de lixo das linhas de água e plantar várias centenas de árvores, melhorando a qualidade ambiental dos ecossistemas pluviais”, salientando que o “projeto prevê ainda a fiscalização formal com a GNR/ SEPNA e a Polícia Municipal, bem como o reporte de contraordenações à Agência Portuguesa do Ambiente e demais entidades oficiais, tendo já sido efetuadas cerca de 80 visitas de inspeção ou de levantamento de auto”.