O vereador do ambiente da Câmara de Lousada, Manuel Nunes, destaca que o primeiro lugar do prémio Boas Práticas Ambientais (Lousada Guarda-RIOS) recentemente atribuído a Lousada pelo GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente, é o “reconhecimento da importância do envolvimento social e da ação cívica na mitigação de problemas ambientais”.
“O prémio que foi ganho estava sujeito a votação do público. Fizemos alguma divulgação no sentido de tentar chegar a mais pessoas, mas claramente foram os próprios voluntários e envolvidos no projeto a mobilizar-se em força para conquistar esta distinção”, disse, salientando que a obtenção deste prémio é o “reconhecimento de um projeto que cuida dos rios e ribeiras, da funcionalidade hídrica, mas também ecológica. Mas, acima de tudo, é o reconhecimento da importância do envolvimento social e da ação cívica na mitigação de problemas ambientais”.
O autarca responsável pelo pelouro do ambiente realçou que “Lousada Guarda RIOS é um projeto de envolvimento social do município de Lousada, que tem como objetivos a conservação e monitorização do estado ecológico dos espaços fluviais do concelho de Lousada, através do estudo, sensibilização ambiental e participação pública”.
O vereador referiu que o “projeto nasceu no âmbito da estratégia municipal para a conservação da natureza e educação ambiental, determinante no ordenamento e na valorização do território de Lousada e já foram caracterizados mais de 52 km de linhas de água e disponibilizados troços de 250 m para adoção, vigilância e monitorização por parte da comunidade, organizada em patrulhas de voluntários Guarda RIOS, tendo o projeto já envolvido mais de 1 000 voluntários”.
Segundo o autarca “até ao momento, foram também adotados mais de 60 troços e realizadas mais de 120 fiscalizações formais e mais de 20 troços de rio/ribeiras foram já intervencionados com remoção de plantas infestantes e/ou plantação de árvores autóctones, num total de mais de 6 hectares de galerias ripícolas recuperadas”, salientando que “desde o início do projeto foram recolhidos mais de 12 000 litros de lixo das margens e leitos, foi dada formação e distribuído material de apoio à vigilância, designadamente coletes identificativos, fichas de monitorização e o ‘Manual do Guarda RIOS’.
Questionado sobre quais as atividades que estão previstas serem realizadas até ao final do ano, Manuel Nunes referiu que “as atividades decorrem em contínuo, desde as ações de vigilância e monitorização, às ações de fiscalização formal até às ações de formação dos novos voluntários e patrulhas”.