Lousada vai promover, no próximo ano letivo, do ensino da musicoterapia, numa atividade direcionada para os alunos da Educação Inclusiva.
O vereador da educação da Câmara de Lousada, António Augusto, destaca, em declarações ao Novum Canal, que esta atividade integra o projeto piloto de uma Atividade Extracurricular (AEC) de Musicoterapia e será lançado nos quatro Agrupamentos de Escolas de Lousada.
O projeto destina-se a alunos da Educação Inclusiva e pretende “substituir uma outra AEC, sempre que esta se revele menos adaptada às características deste público”.
Falando do projeto e das suas origens, o autarca esclarece que este surgiu da “constatação que um grupo de crianças com necessidades especiais, nem sempre tinham as características que lhes permitiam frequentar as Atividades Extra Curriculares, habitualmente designadas por AECs, oferecidas no 1º ciclo a todos os alunos, com ganhos para o seu desenvolvimento e bem-estar. Independentemente da oferta desta nova atividade específica, a regra continua a ser a integração nas atividades comuns à turma, nomeadamente na atividade física e desportiva, etc”.
“Contudo, numa ou outra atividade, em que a adaptação é menor, poderá agora, para alguns alunos ser substituída por outra com maior benefício para eles. A Musicoterapia aparece aqui como uma atividade com impacto cientificamente validado por exemplo nos transtornos do espetro autismo que é uma das problemáticas mais comuns na educação inclusiva. Todos nós percebemos na nossa vida quotidiana o efeito que a música tem quando nos marca o ritmo e aumenta o rendimento no ginásio, na corrida ou quando pretendemos relaxar ou meditar. Neste contexto educativo e terapêutico, a música usada por especialistas pode estimular a memória, o raciocínio, a concentração, a comunicação e interação social, a coordenação motora, a perceção espacial, acuidade auditiva etc”, acrescenta.
O vereador reforça que, com este projeto pretende “introduzir alguma justiça – tratar igual o que é semelhante, mas também tratar de uma forma diferente e mais ajustada o que não é igual. Desta forma contribuir para o trabalho dos docentes de educação inclusiva no sentido dos alunos atingirem os objetivos por eles definidos”.
António Augusto esclarece que o projeto irá abranger cerca de três dezenas de alunos de diferentes problemáticas.
O vereador mostra-se expectante quanto ao impacto do projeto e à adesão dos destinatários a quem preferencialmente se destina, recordando que o mesmo “foi discutido e desenhado com responsáveis da área da educação inclusiva dos diferentes Agrupamentos de Escolas”.
“Ao ser uma oferta mais ajustada ao público a que se destina esperamos obter ganhos no desenvolvimento dos alunos, no seu bem-estar e na sua felicidade, que é o fim último da Educação”, disse, sustentando que o objetivo passa por alargar o projeto no próximo ano letivo.
“Se o projeto resultar, como esperamos, ele poderá ser alargado no próximo ano letivo a outros alunos com este tipo de problemáticas, eventualmente com os ajustes considerados necessários”, acrescenta.