Um inquérito realizado às instituições de ensino superior, públicas e privadas, no sentido de recolher informação sobre as medidas de apoio e acompanhamento aos estudantes promovidas pelas universidades e institutos politécnicos no contexto da atual crise sanitária esclarece que a maioria das instituições acionaram e reforçaram os seus gabinetes e/ou serviços de apoio psicológico.
“A maioria das instituições de ensino superior acionaram e reforçaram os seus gabinetes e/ou serviços de apoio psicológico, várias criaram um serviço de apoio psicológico e outras encaminharam casos para serviços externos de apoio psicológico de entidades ou instituições parceiras”, lê-se na nota à comunicação social.
O relatório que se encontra vertido na página oficial do governo, e resulta da aplicação desse inquérito “além de demonstrar o esforço e a dedicação levados a cabo pelas instituições de ensino superior no apoio à comunidade estudantil, em estreita articulação com as associações e federações de estudantes”, conclui que “ muitas instituições desenvolveram estratégias de apoio e tutoria e serviços de apoio psicológico e/ou social, alargaram as épocas e prazos de exames e entregas de teses e relatórios e flexibilizaram as regras de pagamento de propinas e emolumentos”.
O relatório confirma que “grande parte das instituições criou um programa de acompanhamento e integração e de mentoria dos estudantes do 1º ano, os quais envolveram o provedor do estudante, a direção pedagógica as associações de estudantes de cada instituição” e foram disponibilizados “equipamentos informáticos e melhorados os serviços de suporte e rede, dando prioridade aos estudantes carenciados ou em situações de vulnerabilidade económica”.
O documento destaca que “várias instituições criaram iniciativas de promoção de comportamentos saudáveis e programas de sensibilização dos estudantes e de promoção do voluntariado”, sustentando que “estas e outras ações desenvolvidas pelas instituições de ensino superior, são a resposta à solicitação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no âmbito dos “programas de mitigação e compensação dos efeitos da COVID- 19”, para que implementassem um conjunto de medidas de acompanhamento e apoio aos estudantes no sentido de prevenir situações com impacto psicológico, económico e social, que derivem em casos de insucesso ou abandono escolar”.
O gabinete do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, reforça que a “pandemia de Covid-19 criou a necessidade de reforçar a atenção dedicada à comunidade académica no sentido de mitigar e compensar eventuais efeitos da crise nos estudantes de ensino superior, especialmente nas situações em que existem dificuldades de ordem social, pedagógica e de saúde preexistentes”.