Foi apresentado, esta terça-feira, ao final da tarde, nos Paços do Concelho, o estudo do Mosteiro de Vilela que prevê a criação do futuro Museu do Mobiliário.
O presidente da Câmara de Paredes, Alexandre Almeida, em declarações aos jornalistas, destacou que esta era uma ideia pensada desde o início do seu mandato e que vai permitir criar um centro de interpretação da indústria do mobiliário.
“Pretende-se dar uma perspetiva da história do mobiliário, que integre um espaço que permita fomentar workshops, por exemplo, sobre talha, mostrar o trabalhar da talha ao vivo, sendo nosso objetivo criar um espaço com vida. Além da exposição permanente do mobiliário, haverá um espaço para exposições temporárias, um espaço multiúsos que poderá ser para uma incubadora de design, colocar à disposição até dos investigadores, ideias que estão em estudo”, disse, salientando que o novo espaço terá um auditório.
O autarca assegurou a intervenção não irá alterar as características interiores e exteriores do museu que estão classificadas e, como tal, não podem ser alteradas.
“Ficamos um pouco condicionados em termos de organização dos espaços por isso mesmo, mas mesmo assim conseguiu-se ter uma ampla sala para exposição permanente, para um auditório e para uma cafetaria/restaurante que irá servir de apoio ao espaço, tudo muito bem articulado”, avançou, esclarecendo que as paredes serão caiadas, os pisos serão mantidos e o telhado com abóbadas será mantido.
O responsável pelo executivo paredense garantiu estarem reunidas as condições para atrair pessoas ao futuro museu do mobiliário que será complementado com mais duas iniciativas que a câmara municipal irá promover, no futuro, o centro temático da madeira, que ficará localizado na freguesia de Vandoma, e a partir do museu, o chamado turismo industrial.
“Dispomos de várias fábricas que já se disponibilizaram a abrir as suas portas aos turistas e acho que estão reunidas as condições para dispormos de um circuito cultural muito interessante”, acrescentou.
O chefe do executivo referiu, ainda, que neste processo auscultou as forças vivas da freguesia de Vilela, estando o executivo municipal aberto a sugestões dos atores e instituições locais que venham a acontecer.
“Envolvemos a junta de freguesia, as associações, mostramos qual é a ideia da câmara para o espaço, mas estamos abertos a sugestões”, concretizou, relembrando que este processo há mais de um ano que vem sendo trabalhado.
“Apresentamos esta ideia, amanhã faremos chegar o powerpoint e depois de receber as ideias fecharemos o processo e a primeira fase será fazê-lo chegar à Direção de Cultura do Norte de forma a que aceite as pequenas intervenções que iremos fazer. A partir daí, iremos avançar com as especialidades do projeto e uma vez que Vilela já tem uma Área de Reabilitação Urbana iremos candidatá-la ao próximo quadro comunitário de apoio para termos verbas para a reabilitação urbana, como tivemos no caso do pavilhão multiusos e do auditório”, confessou.
O presidente da Câmara de Paredes assumiu não existir, ainda, uma valor da intervenção a realizar, garantindo, no entanto, que a verba a aplicar não será de montante elevado, uma vez que o executivo não irá intervir na fachada do imóvel.
“Ao nível da cobertura irão ser realizadas intervenções, mas muita da madeira que lá existe irá ser aproveitada. Não será um investimento muito elevado”, afiançou, admitindo que a intervenção poderá ser feita recorrendo a verbas do overbooking, isto é, verbas que não foram utilizadas.
“Estamos a preparar o projeto para isso. Se não for no âmbito do overbooking, será uma obra para candidatar à reabilitação urbana no quadro do próximo quadro comunitário de apoio que está para iniciar”, confirmou.