Os últimos indicadores do relatório de monitorização das linhas vermelhas para a Covid-19, da Direção-Geral de Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), com data desta sexta-feira, apontam para uma tendência decrescente a nível nacional.
“O número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 317 casos, com tendência decrescente a nível nacional”, refere a DGS que destaca que “apenas no Algarve se observa uma incidência superior ao limiar de 480 casos em 14 dias por 100 000 habitantes (719)”.
Ainda de acordo com a DGS, “no grupo etário de 65 ou mais anos, o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 126 casos, com tendência estável a decrescente a nível nacional”.
A autoridade nacional de saúde avança que “o R(t) apresenta valores inferiores a 1, indicando uma tendência decrescente da incidência de infeções por SARS-CoV-2, a nível nacional (0,95) e na maioria das regiões do continente. Na região do Alentejo o R(t) é de 1,01, que corresponde a uma tendência de incidência aproximadamente constante nesta região”.
Já no que toca ao número de casos de Covid-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente, a DGS reforça que há uma “tendência estável a decrescente, correspondendo a 66% (na semana anterior foi de 77%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”, sustentando que a “nível nacional, a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 4,0 % (na semana anterior foi de 3,9%) e encontra-se no limiar definido de 4,0%. Observou-se um decréscimo do número de testes para deteção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos sete dias.”
“A proporção de casos confirmados notificados com atraso foi de 4,4% (na semana passada foi de 3,6%), mantendo-se abaixo do limiar de 10,0%”, esclarece a DGS que sublinha que “nos últimos 7 dias, pelo menos 94% dos casos de infeção por SARS-CoV-2 foram isolados em menos de 24 horas após a notificação e, no mesmo período, foram rastreados e isolados, quando necessário, todos os contactos em 78% dos casos”.
O relatório de monitorização das linhas vermelhas confirma que a “variante Delta (B.1.617.2), originalmente associada à Índia, é a variante dominante em todas as regiões, com uma frequência relativa de 98,9% dos casos avaliados na semana 30/2021 (26 de julho a 1 de agosto) em Portugal”, sublinhando que a “mortalidade específica por Covid-19 (18,6 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes) tem tendência crescente e está acima do limiar preconizado pelo ECDC”.
O relatório confirma que a “análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 de elevada intensidade, com tendência decrescente a nível nacional, mas estável nas regiões Centro e Alentejo”, manifestando que a “pressão sobre os cuidados de saúde tem tendência decrescente”.
A autoridade nacional de saúde adianta, por outro lado, que a “mortalidade por Covid-19 manter-se-á provavelmente elevada, mas o ritmo de crescimento está a abrandar”.