O relatório elaborado pela Direção-Geral de Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) acerca da monitorização das linhas vermelhas para a Covid-19, de 20 de agosto, aponta para uma tendência estável a nível nacional.
Segundo a DGS o “número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 312 casos, com tendência estável a nível nacional”, sustentando que apenas no “Algarve se observa uma incidência superior ao limiar de 480 casos em 14 dias por 100 000 habitantes (748)”.
O relatório destaca que no “grupo etário de 65 ou mais anos, o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 115 casos, com tendência estável a decrescente a nível nacional”.
A DGS realça que o “Rt apresenta valor inferior a 1, indicando uma tendência estável a decrescente da incidência de infeções por SARS-CoV-2, a nível nacional (0,98) e nas regiões Norte e Lisboa e Vale do Tejo”, sustentando que nas regiões “Centro, Alentejo e Algarve o R(t) é ligeiramente superior a 1, que corresponde a uma tendência de incidência constante a crescente nestas regiões”.
A mesma entidade avança que o “número de casos de Covid-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente revelou uma tendência estável a decrescente, correspondendo a 55% (na semana anterior foi de 66%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”.
“A nível nacional, a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 4,0% (semana anterior foi de 4,0%) encontrando-se no limiar definido de 4,0%. Observou-se um aumento do número de testes para deteção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos sete dias”, refere a DGS que sublinha que a “proporção de casos confirmados notificados com atraso foi de 4,1% (na semana passada foi de 4,4%), mantendo-se abaixo do limiar de 10,0%”, acrescentando que “nos últimos 7 dias, pelo menos 88% dos casos de infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19 foram isolados em menos de 24 horas após a notificação e, no mesmo período, foram rastreados e isolados, quando necessário, todos os contactos em 72% dos casos”.
O relatório reforça que a “variante Delta (B.1.617.2), originalmente associada à Índia, é a variante dominante em todas as regiões, com uma frequência relativa de 99,5% dos casos avaliados na semana 31/2021 (2 a 8 de agosto) em Portugal”, confirmando que a “mortalidade específica por COVID-19 (18,1 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes) tem tendência estável e está acima do limiar preconizado pelo ECDC”.
“A análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 de elevada intensidade, com tendência estável a nível nacional, mas com provável tendência crescente nas regiões Alentejo e Algarve e no grupo etário dos 10 aos 29 anos”, clarifica o relatório que informa que a “pressão sobre os cuidados de saúde tem tendência decrescente” e a “mortalidade por Covid-19, manter-se-á provavelmente elevada, mas com tendência constante”.